Universidade? Concurso público? Emprego informal? Muitos jovens brasileiros chegam ao fim do Ensino Médio sem saber o caminho que devem seguir. Em se tratando de um país desigual, a luta de classes, apontada pelo sociólogo Karl Marx, aplica-se na inserção deles no competitivo mercado de trabalho do século XXI. Tal conjuntura revela uma imprescindível adaptação do Brasil a fim de atender de maneira satisfatória as necessidades empregatícias de todas as classes sociais. Em primeiro plano, é válido salientar a dificuldade na escolha de um curso de graduação por parte daqueles optantes por um currículo mais profissional. Segundo o psiquiatra Carl Jung, os seres humanos apresentam distintas características de personalidade e faz-se indispensável para esses identificar suas habilidades, bem como suas limitações. Partindo dessa teoria, podem ser excluídas a busca por status social, a pressão familiar e a alta remuneração como fatores determinantes na escolha da carreira. Além disso, as políticas afirmativas para o ingresso em universidades públicas fomentaram a busca dos jovens menos abastados por uma graduação. Esse fato foi comprovado com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, na qual evidencia-se o decaimento de 5% da população na busca por emprego entre os anos de 2008 e 2013. Dessa forma, os mais pobres puderam conciliar trabalho e estudo, buscando a especialização exigida pelas instituições públicas e privadas do Brasil, o que não é, ainda, o cenário almejado pela maior parte deles. Dentro dessa perspectiva, portanto, faz-se urgente a realização de testes de personalidade por parte das instituições de ensino, mediante contrato de psicólogos, coachings e especialistas em gestão de pessoas, a fim de, individualmente, dar um direcionamento específico a cada estudante e diminuir a insatisfação profissional. Ademais, o Ministério da Educação deve oportunizar o foco nos estudos, por intermédio da criação de políticas afirmativas em concursos para ocupação de cargos administrativos de carga horária reduzida em universidades públicas. Quem sabe, assim, o Brasil venha a ter um mercado aberto e farto de oportunidades.