As perspectivas de trabalho em nosso país para os jovens apresentam dificuldades peculiares e são influenciadas por fatores estruturais como o sistema educacional e circunstanciais como as variações da economia. O que se divisa para as vagas de trabalho após uma formação está relacionado ao conceito que as empresas têm do recebimento de jovens no mercado. Ou seja, ao avaliar a escolha para uma vaga as empresas ainda tendem a privilegiar aspectos como experiência conhecimentos e habilidades e a considerar que a juventude traz uma rebeldia na conformidade para as regras das organizações. Por outro lado, o sistema educacional atua de forma previsível em relação a formação do aluno, seguindo tendências de mercado, por isso esperando que, ao fim dessa formação, o aluno esteja apto para ocupar uma vaga de trabalho sem dificuldades. Ocorre que experiência necessita de oportunidades para ser adquirida e que a economia sofre variações que alteram a curva de empregos em profissões, postos e perfis. Assim que a questão se apresenta como desafio para o sistema educacional no sentido de analisar o modelo de ensino para que sejam formados profissionais mais preparados a enfrentar o mercado não tão previsível e para as organizações se tornarem mais flexíveis ao recebimento de mão de obra recente, quebrando velhos paradigmas como o da experiência, mesmo que seja oportunizando mais vagas de estágio.