Ao contrário do que vemos na televisão e em outras vias de entretenimento, o caminho que um adolescente ou jovem adulto percorre para conquistar uma vaga de emprego costuma ser demorado. No Brasil, com o agravamento da crise econômica e da recessão, não apenas a procura por novos empregados diminui, mas empregadores procuram por candidatos com mais experiência, além da cada vez maior valorização de diplomas de cursos técnico e superior no currículo do empregado. Com esses fatores, os jovens perdem espaço para os mais velhos. Em dado momento da vida, o cidadão necessita inserir-se no mercado de trabalho. Porém, devido a dificuldades econômicas advindas da atual crise brasileira, muitas empresas têm de diminuir significativamente a quantidade de contratações, dando, assim, preferência àqueles que têm maior experiência trabalhista - os adultos, até mesmo os maiores de 59 anos, segmento que teve um aumento no contingente de trabalhadores de 1,1% em 2016, segundo a PNADC, em oposição ao dos jovens entre 14 e 24 anos, que tiveram um recuo de 8,4% no mesmo ano. Além disso, leva-se muito em conta, na hora de escolher quem contratar, a quantidade e a qualidade de itens dispostos no currículo dos candidatos, como a formação em cursos técnicos e superiores. Não tendo vivido tempo necessário para possuir um maior leque de experiências por serem jovens, esse grupo é menos valorizado. Para solucionar esse problema, afere-se responsabilidade aos órgãos governamentais do Brasil de aplacar a crise, para que possam ser oferecidas aos jovens, assim como para quaisquer outros cidadãos, mais vagas de emprego. Deve-se preparar os adolescentes desde cedo para o mercado de trabalho, aplicando palestras, aulas e oportunidades de cursos profissionalizantes nas escolas, além de promover a conscientização de empresas por meio de propagandas ou anúncios online sobre o quanto um jovem trabalhador pode contribuir positivamente em ideias inovadoras e serviços mais ágeis.