Título da redação:

Experiência ou sobrevivência?

Tema de redação: As dificuldades enfrentadas pelos jovens no processo de inserção no mercado de trabalho

Redação enviada em 26/05/2017

Com a industrialização, mesmo que tardia, no país, as décadas de 1930 a 1980 geraram vários empregos, permitindo um êxodo rural e uma urbanização desenfreada. Hoje, porém, em um mundo mais globalizado, o jovem que facilmente entrava no mercado de trabalho, apresenta dificuldades de ordem educacional e social. Apesar da educação no século XXI ser extremamente diferente das décadas de industrialização, ela ainda é deficiente. Apresentando uma política que educa para a entrada no ensino superior, esse não apresenta vagas suficientes para todos, Segundo dados do Ministério da Educação, há um estoque de 8 milhões de pessoas que terminaram o ensino médio e não realizaram uma graduação. Número esse preocupante, pois esses não foram treinados para entrarem diretamente no mercado de trabalho, onde há cada vez mais exigências para o ingresso. Nesse local, prioriza-se as experiências, o que, em momento de crise, o faz valorizar aqueles com maior tempo de serviço. Porém esse quesito não é igual para todos os jovens. Aqueles da classe média alta são sustentados pelos pais para estudarem nas escolas privadas e, ao entrarem no ensino superior, ainda apoiados financeiramente, conseguem manter o foco nos estudos, podendo ganhar conhecimento. O jovem da classe média baixa, pelo contrário, não consegue se sustentar durante a faculdade, fazendo com que ele a deixe para adentrar no mercado de trabalho e, sem bagagens, conseguem algo de baixa remuneração e maior exploração. Portanto, é necessário um aumento do número de vagas no ensino superior realizado pelo governo, havendo cotas para aqueles com necessidades financeiras, provenientes da escola pública, além do incentivo maior em programas como FIES e Prouni, possibilitando o ganho de experiência pela classe média e, futuramente, um ingresso facilitado no mercado. Ademais, o Ministério da Educação deve promover um ensino voltado para a preparação direta para o trabalho, incentivando programas como Pronatec e igualando a qualidade com a de escolas privadas, permitindo as mesmas oportunidades para um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Assim, entrará aquele mais competente e não o que possui maior renda.