Ter o tão sonhado diploma em mãos é tido como o encerramento de um ciclo e início de outro para muitos universitários. Esse novo ciclo diz respeito ao emprego, uma vez que no fim da faculdade, espera-se, de fato, aplicar os conhecimentos da universidade para ganhar dinheiro e se sustentar. Entretanto, a realidade não funciona assim e o jovem enfrenta cada vez mais desafios para se inserir no mercado de trabalho. Embora dados do PNADC mostram que houve um aumento (1,4%) em 2016 da População Economicamente Ativa (PEA), isso não reflete mais empregos para os jovens, pois maior parte dessa expansão está concentrada na faixa etária maior de 59 anos. Tal cenário mostra que a experiência é, sim, muito valorizada pelas empresas, o que deixa o recém-formado de mãos atadas. O estágio é um passo fundamental para alcançar experiência na hora de conseguir um emprego e, quanto a isso, pode-se dizer que as universidades públicas não preparam seus alunos muito bem. As instituições públicas estão focadas na vida acadêmica, valorizando, assim, a pesquisa. Dessa forma, os alunos ficam defasados no que tange ao mercado de trabalho. Fala-se aqui no preparo durante os processos seletivos, principalmente, de estágios. Por outro lado, muitas universidades privadas preparam seus alunos através de simulação de dinâmicas, entrevistas e estudos de caso, embora apresentem pouca vivência de atléticas e centros acadêmicos. É apreciável, então, misturar os conceitos desses dois lados. Ou seja, nas universidades públicas, pode-se criar matérias eletivas com uma boa carga horária voltadas para o processo de admissão dos universitários. Nas universidades privadas, pode-se implementar mais a vivência de atléticas e empresas júnior, permitindo aos universitários maior aplicabilidade do que foi aprendido em aula. Deve-se, ainda, implementar maior conexão entre empresas e universidades, como competições ou treinamentos de curtos períodos para o universitário conhecer melhor a rotina de uma empresa.