O trabalho desde os seus primórdios, quando o homem pré-histórico sentiu necessidade de transformar a natureza que o cercava produzindo subsídios para sua resistência e sobrevivência, vêm sofrendo diversas transformações. Entretanto, observa-se a que nenhuma dessas modificações propiciou a ampla inserção da mão de obra juvenil no mercado de trabalho. Nesse sentido, hão de ser analisados aos verdadeiros determinantes dessa causa para que seja possível extirpá-la. A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a fatores educacionais da sociedade brasileira. Isto porque as instituições escolares baseiam-se apenas na formação escolar dos estudantes, isto é, ela não habilita os jovens para o mercado de trabalho, somente os preparam para serem aprovados de ano. Entretanto, pelo fato dessa organização difundir saberes científicos e sociais, cria-se a crença de que ela adestra o jovem para o mundo dos negócios .Tal conjuntura, além de irônica, é totalmente equivocada, pois a escola é a uma das principais culpadas pelo retardamento e fracasso dos jovens no mercado de trabalho, sobretudo dos oriundos de sistemas públicos, dado que, não possibilita que esse grupo tenha contanto com as mas diversas formas de trabalho, nem os qualificam para atenderem as exigências imposta pelo mundo financeiro, a saber: equilíbrio nas finanças, direitos individuais e econômicos e muitos outros. Outrossim, vale ressaltar que essa situação é corroborada por parte do mal comportamento das empresas, no que diz respeito a contratação de funcionários. É indubitável que a máxima do atual sistema capitalista é o lucro, logo, pra concretizar seus objetivos, as empresas, de modo geral, optam por profissionais experientes para preencherem suas vagas de emprego. Isto porque, segundo a visão dos grandes capitalistas, além de serem mais habilidosos, as experiências desses profissionais geram menos prejuízos, enquanto que os mais jovens são mais rebeldes e não possuem muitas técnicas, portanto, são passiveis de cometerem grandes despesas. Por conseguinte, os jovens são afastados, gradativamente, do mercado de trabalho, dado que , de acordo com pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, um quarto dos jovens de 18 a 24 anos estão desempregados. Torna-se evidente, portanto, que a inserção dos jovens no mercado de trabalho apresenta entraves que necessitam ser revertidos. Para tanto, é preciso que o Ministério da Educação elabore projetos voltados para a reelaboração dos planos de estudos- inserindo novas matérias na grade curricular- e difusão das diversas áreas trabalhistas existentes no Brasil, além de propiciar a realização de workshops com trabalhadores diversos, nos quais os alunos tenham contato direto com a realidade de cada profissão. No mais, é dever do Estado, por meio de parceiras com várias empresas, viabilizar vagas de empregos para os jovens, principalmente dos procedentes de escolas públicas, para que, desta forma, seja possível desmitificar a rebeldias dos jovens, bem como suas faltas de técnicas e os integrarem no mercado de trabalho.