A expansão do sistema capitalista trouxe uma lógica econômica como um parâmetro decisivo para a inserção no mercado de trabalho: A competitividade. O despreparo profissional que muitos jovens apresentam e a falta de um auxílio capacitado refletem uma dicotomia dessa realidade competitiva no mercado de trabalho. A constante busca pela alta qualificação profissional caracteriza o mundo do trabalho. Isso resulta em um cenário onde jovens recém-formados profissionalmente precisam lidar com a grande exigência dos espaços de trabalho para poderem se inserir e se manter neles. O despreparo profissional evidencia a falta de praticidade, visto que esse aspecto não está sempre na formação do jovem. O nível fundamental e o nível médio não são suficientes para oferecer essa preparação e, por vezes, o nível superior também não a oferecem. Assim, os jovens perdem seu espaço para aqueles profissionais mais experientes. Somando-se esse despreparo com a ausência de um auxílio adequado de incentivo para os jovens, a consequência evidenciada, principalmente em profissionais de classe baixa, que não possuem fácil acesso a uma maior especialização, é a dispersão profissional, ou seja, a desistência de um emprego comum a área de atuação e a busca por trabalhos que não exija alta qualificação, como por exemplo o trabalho informal, que é composto em sua maioria por jovens. Em virtude do que foi mencionado, percebe-se que a realidade profissional não atende aos requerimentos do mercado de trabalho, diminuindo a participação dos jovens nele. Nesse sentido, faz-se necessário um maior investimento por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (M.T.E) em projetos de incentivo a inserção dos jovens no mercado, como por exemplo o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), que ainda não atende a grande demanda.