A desvalorização da ciência no Brasil não é uma invenção da contemporaneidade, visto que poucos sabem que foi o brasileiro Carlos Chagas o único a descrever o ciclo completo de uma doença infecciosa, e também quem chegou mais perto de ganhar o Prêmio Nobel da medicina. Atualmente, o meio cientifico e tecnológico continua sofrendo com falta de investimento e condições dignas de trabalho. É lastimável o descaso que essas áreas de pesquisa vêm sofrendo. Um exemplo disso foi a indiferença que o neurocientista brasileiro recebeu da mídia durante a copa do mundo de 2014 ao apresentar um exoesqueleto que permitia que um paraplégico se levantasse e chutasse uma bola. Além do desprezo, falta infraestrutura e um orçamento adequado para dar continuidade a projetos que já estão sendo desenvolvidos. Somando a isso, a nova geração não recebe informações necessárias sobre ciência no Brasil, levando-as a não se interessarem pelo campo de atuação. Segundo Nelson Mandela, ex presidente da África do Sul, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo, ou seja, é preciso que haja incentivos, não só financeiros, mas também culturais para que o desejo de evoluir cresça dentro dos mais jovens. Diante dos fatos supracitados, medidas são indispensáveis para resolver o impasse. É crucial que o Estado invista financeiramente em setores de desenvolvimento e regulamente a profissão de cientista, já que a maioria precisa se tornar professor de universidade para exercer o cargo. Desse modo será possível que esses profissionais se dediquem exclusivamente ao seu trabalho principal, e não será necessário que eles deixem o Brasil para isso.