Segundo a filosofia, existem cinco formas de os seres humanos obterem conhecimentos: por meio da filosofia, da arte, da religião, do senso comum e da ciência. Tendo em vista a ciência, ela é importante para melhorar o desenvolvimento tecnológico e, consequentemente, para melhorar a vida dos cidadãos. Apesar de sua relevância, o meio científico, na atualidade, é negligenciado no Brasil, o que constitui um problema. O desinteresse pela ciência pode ser analisado historicamente no Brasil. Somente no século XIX, após a chegada da Família Real lusitana, foram construídas universidades e bibliotecas onde poderiam ser realizadas pesquisas. A implantação dessas instituições foi tardia se comparada a alguns países europeus, onde já existiam universidades desde o século XII. Isso revela que o Brasil negligenciava a ciência e ainda hoje isso ocorre. Diante disso, um fato que comprova o descaso com o meio científico é a situação de algumas universidades públicas, como a UERJ –Universidade do Estado do Rio de Janeiro- a qual por falta de recursos e equipamentos suspendeu pesquisas. Ademais, outro fato comprova a existência do problema abordado: a “fuga de cérebros”. Essa expressão, amplamente usada pela geografia, refere-se ao fato de muitos brasileiros com elevada capacitação –mestres e doutores, por exemplo- irem para outros países com objetivo de realizarem trabalhos científicos. Isso ocorre porque o Brasil incentiva a ciência de forma pífia, devido à baixa remuneração dada aos pesquisadores e à grande burocracia para a aprovação de projetos e de verbas. A consequência disso é um atraso tecnológico que inviabiliza a ocorrência de descobertas benéficas para os cidadãos. Portanto, medidas são necessárias a fim de ampliar a valorização da ciência no Brasil. Logo, o Estado, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, deve assegurar, na prática, o bom funcionamento do Plano Nacional de Plataformas do Conhecimento –voltado para a pesquisa científica e a inovação tecnológica. Isso pode ser feito mediante a concessão de mais verbas às universidades para que elas possam elevar a remuneração dos pesquisadores e possam adquirir materiais de qualidade para a realização dos estudos científicos. Outras medidas são necessárias para amenizar o problema, mas, como ressaltava o escritor Oscar Wilde, “o primeiro passo é o mais importante para a evolução de um homem ou nação”.