Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 09/08/2017

O processo histórico de formação do Brasil teve influência direta vinda da ciência. O lema "Ordem e Progresso", na bandeira nacional, baseado no positivismo de Auguste Comte e o fato de o imperador Dom Pedro II ter sido um patrocinador de pesquisas científicas corroboram tal ideia. Entretanto, mesmo considerando essas raízes históricas, o país encontra empecilhos para formar e incentivar estudiosos, o que compromete o avanço científico e tecnológico em um cenário atual, tornando-o em um desafio. A priori, vale destacar que, apesar de o Brasil ocupar a décima terceira posição no ranking mundial de número de publicações científicas, ainda há muito a ser feito para proporcionar a devida infraestrutura para o desenvolvimento de ciência e tecnologia e estimulá-lo. Conforme Ministério da Ciência e Tecnologias, o número de cientistas a cada mil trabalhadores no país é cerca de oito vezes menor do que nos Estados Unidos, revelando uma enorme disparidade. Isso acontece em função à baixa adesão de estudantes aos programas do CNPq, principal órgão de financiamento à produção tecnológica estatal, visto que as bolsas oferecidas por ele exigem dedicação integral e remuneram precárias quantias , de até o máximo de 400 reais, aos financiados. Destarte, compreende-se que a ausência de uma política ineficiente de estímulo a pesquisadores colabora para que o país mantenha-se em um plano menos prestigiado da elaboração e progresso científico na escala global. Ademais, é preciso salientar que, de acordo com Sócrates, "a vida sem ciência é uma espécie de morte". Contudo, a crítica do governador Geraldo Alckmin, feita em relação aos investimentos da Fapesp em áreas, segundo o próprio, "menos importantes", evidencia a desinformação da população acerca dos objetivos da ciência e uma desconsideração à mensagem do filósofo. A doutrina utilitarista está difundida erroneamente entre as pessoas da sociedade, levando-as a achar que os trabalhos científico que não causam impacto imediato para a vida cotidiana delas são inúteis, o que é um tremendo engano, dado que eles são capazes de aprimorar os conhecimentos sobre o próprio indivíduo e facilitarem sua compreensão. Por conseguinte, pesquisadores e especialistas, em razão de serem conceituados como dispensáveis pela majoritária parte dos ciadadãos, são desmotivados a criarem ciência. É evidente, portanto, que são necessárias ações para superar os entraves ao progresso científico e tecnológico brasileiro. Em primeira instância cabe ao Ministério da Ciência e Tecnologia pressionar o CNPq a remunerar de maneira mais rentável os bolsistas, com objetivo de promover as pesquisas tecno-científicas. Além disso, é imprescindível que escolas, por intermédio de debates sobre tema em sala de aula, propiciem a formação de cidadãos conscientes acerca da relevância da produção de ciência para a sociedade, a fim de que estudiosos não sejam desmerecidos e, consequentemente, instigados ao exercício de sua profissão.