Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 22/06/2017

No cenário brasileiro é comum a apropriação da lógica imediatista em setores da área da saúde, educação e até mesmo da economia. Desse modo, esse pensamento limita o estabelecimento de um progresso expressivo tanto nos âmbitos científico quanto tecnológico, visto que tais tópicos comumente apresentam retorno técnico e financeiro de forma progressiva. Inegavelmente, experimenta-se o aumento da precariedade de incentivos nos campos de pesquisa laboratorial e no meio técnico-informacional, como um todo. Em primeira instância, é possível discorrer acerca do abandono de iniciativas públicas e privadas ao estudo de pesquisas científicas nas universidades brasileiras. Nesse contexto, pesquisadores são obrigados a se sujeitarem à condições precárias para a continuidade de seus estudos, o que acarreta, muitas vezes, a necessidade de utilizarem o próprio dinheiro para contribuir à compra de materiais e viagens para a conclusão de seus trabalhos. Recentemente, a cientista Suzana Herculano-Houzel, referência na área da neurociência brasileira, viu-se “obrigada” a deixar o país a fim de maior reconhecimento e verba para suas pesquisas. Sendo assim, o Brasil sofre diariamente com a perda de mão-de-obra qualificada para países que dedicam parcelas de suas contas públicas à ciência. Há de se considerar também a deficiência de investimentos nas instituições escolares relacionados ao estímulo de aulas como robótica e informática. Nessa perspectiva, crianças e adolescentes possuem contato pouco significativo em relação à produção de projetos na área tecnológica, fomentando uma procura escassa às profissões que atuam com realidades similares. Com isso, é legítimo inferir que existe um atraso social correspondente à dinamização da exploração do nicho educativo e criativo dos jovens o que, por conseguinte, corrobora para a manutenção das relações prévias de poder, conforme abordado pelo sociólogo Manuel Castells. Torna-se evidente, portanto, que os impasses que permeiam a afirmação do território brasileiro como local de influência para os setores de modernização científica e tecnológica precisam atuar em convergência aos interesses corporativos, governamentais e sociais. Por isso, é necessária a atuação do Ministério da Ciência e Tecnologia em consonância a empresas privadas e escolas. À primeira, cabe a deposição de investimentos nas universidades estaduais e federais, facilitadas por iniciativas fiscais do governo. À segunda, uma maior participação de profissionais especializados na área tecnológica que dediquem seu tempo ao ensino técnico aos alunos. Dessa forma, viabiliza-se a qualificação profissional e pessoal no Brasil.