Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: As dificuldades do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro

Redação enviada em 26/03/2017

O Movimento Modernista de 1922 contestou a assimilação passiva da arte e dos costumes vindos do exterior. Esse aspecto, até hoje, abrange a realidade brasileira em diversas áreas, impedindo seu efetivo desenvolvimento. O setor de tecnologia e inovação enfrenta múltiplas dificuldades de expansão, seja pela ausência dos investimentos necessários, seja pela falta de apoio direcionado aos profissionais. Frente a uma realidade de crise, a diminuição de gastos é iniciada em setores considerados menos importantes. No Brasil, a educação, a cultura e o lazer são os primeiros afetados, apesar da necessidade de priorização para um real avanço. A área da pesquisa, vista por muitos como relevante apenas sob a existência de surpreendentes descobertas, demanda intensos investimentos a longo prazo. A escassez desses faz com que muitos profissionais, nas esferas pública e privada, encontrem dificuldades de progresso em seus projetos, impedindo futuras inovações. Vale destacar, também, os insuficientes subsídios oferecidos aos cientistas. Além de muitos não possuírem ambientes e materiais adequados no Brasil, países como Estados Unidos e França constituem grande poder atrativo, levando diversos profissionais a abandonarem seu país de origem, constituindo a “fuga de cérebros”. Dessa forma, o desprestígio fomenta um menor interesse de jovens nesse campo de trabalho, ocasionando atraso frente a países desenvolvidos. Ademais, são incalculáveis os possíveis benefícios obtidos por uma atenção ao setor tecnológico, que vão desde quantias em dinheiro até descobrimento de curas de doenças. Evidencia-se, então, que o verdadeiro progresso científico é dependente de uma série de condições inexistentes no Brasil. Para que esse contexto se reverta, torna-se necessária a atuação da população, cobrando do poder público o oferecimento de reais oportunidades de desenvolvimento, como bolsas significativas a pesquisadores. O Estado pode estabelecer parcerias que impulsionem a inovação com empresas, oferecendo a elas benefícios fiscais proporcionais ao investimento e aos resultados de cada uma. Por fim, as escolas podem, por meio de feiras e palestras, incentivar crianças a se dedicarem ao ramo científico, para que, assim, possa ser realizada a “antropofagia” de ações inovadoras estrangeiras, transformando-as no desenvolvimento genuinamente brasileiro.