As dificuldades para desenvolver novos cientistas no Brasil surgem de uma deficiência, que a muitos anos tem sido negligenciada: Investimento na educação. O fato da educação básica não ser bem aplicada, afeta o interesse pela pesquisa, e para os novos pesquisadores o apoio é escasso, fazendo com se afastem dessa possibilidade. Atualmente, com a crise econômica, as verbas públicas são direcionadas para serviços básicos e pagamento de salários. Não pode se esquecer que para um país desenvolver-se econômica e tecnologicamente é necessário um trabalho sólido desde a educação básica até o doutorado. Hoje no país, segundo relatório do Ministério da Ciência e Tecnologia, há um pesquisador para cada mil trabalhadores. Já nos Estados Unidos, esse número é nove vezes maior. Para um pesquisador iniciar hoje no Brasil, é necessário foco e tempo integral, mas os valores ofertados como bolsa auxílio não cobrem os custos mensais dos iniciantes. Estudos iniciados a cinquenta anos atrás são, nos dias atuais, de fundamental importância. Inclusive, sem essas pesquisas, dificilmente teríamos desenvolvido tão rapidamente os campos da Física, Biologia, Medicina, robótica, entre outras. Além disso, é visível, em países desenvolvidos, que esse incentivo acarreta um desenvolvimento sustentável contínuo. Por isso, devem ser cobradas atitudes concretas de apoio ao desenvolvimento cientifico nacional, porque estudantes buscam em outros países a oportunidade e o incentivo para iniciação cientifica, perdendo assim esse capital humano intelectual que seria de grande valia para a nação. Deve-se também, integrar esses novos pesquisadores nas empresas, pois ainda há o estigma do pesquisador acadêmico. Dessa forma, será desenvolvida novas formas de gerar riqueza no front de trabalho.