No ranking mundial de trabalhos científicos publicados, o Brasil passou da 21ª posição para a 13ª em quase 20 anos (MCTI), mas apesar disso ainda faltam pessoas na área. Enquanto que os EUA têm 9,4 cientistas para cada 1000 trabalhadores, no Brasil são 1,33 (MCTI). Esses dados levantam um questionamento do por que da escassez de profissionais no ramo. Ao chegar a uma universidade, o aluno que deseja dedicar-se a pesquisa depara-se com diversas dificuldades. Escassez de material e equipamentos de trabalho, dificuldades e burocracias para conseguir uma bolsa de apoio para seu sustento e a má estrutura dos laboratórios são apenas algumas delas. Aquele que insiste nesse caminho encontra ainda mais dificuldades ao se formar, pois o mercado de trabalho não reconhece a profissão “cientista”, fazendo com que muitos desistam ou mudem para outros países. Esse quadro deve ser revertido o quanto antes. Já são encontradas dentro das universidades diversas modalidades de bolsas de apoio ao estudante, porém os valores são ultrapassados. É necessário um reajuste condizente com a realidade econômica e a ampliação de oportunidades para inclusão. É necessário que o aluno tenha apoio como bandejão, auxílio moradia, auxílio transporte, entre outros. O investimento feito nesses alunos os tornará profissionais capacitados para suas respectivas áreas, devolvendo no futuro à sociedade o que foi aplicado nele. O governo ao investir em educação superior de qualidade está formando uma nova geração de trabalhadores capacitados, e é assim que o estudante deve ser visto pois o apoio da sociedade civil para a manutenção das universidades públicas e não ao sucateamento das mesmas é fundamental para que as próximas gerações consigam produzir e desenvolver no país novas perspectivas, e não “emprestar” sua capacidade à outros países.