Com o auge do Fordismo nas décadas de 50 e 60, muitos países passaram a expandir na utilização de carros. No Brasil, tal fato não foi diferente em que o Governo Juscelino Kubitschek incentivou a venda em massa dos automóveis. Entretanto, na atualidade, a nação tem sido prejudicada no que se refere ao meio de locomoção em que o transporte público é, muitas vezes, esquecido, seja pela péssima infraestrutura, seja pela desvalorização dos mesmos em detrimento do automóvel próprio. É indubitável que os mecanismos públicos de locomoção são de extrema precariedade e caros. Comumente, é visto, vinculado pela mídia notícias de manifestações pela redução de tarifas e melhorias nos transportes públicos, como feito pelo Movimento Passe Livre (MPL) que tem por objetivo lutar pela gratuidade dos transportes públicos que a cada ano apresenta um reajuste na tarifa elevando o preço a ser pago pelos cidadãos brasileiros. Outrossim, a desvalorização nos meios de locomoção público tem aumentado gradativamente. É de grande notoriedade a substituição dos transportes coletivos pelo automóvel próprio, tal atitude pode ser explicada, entre outros motivos, pelo pensamento errôneo de que o transporte público é da classe desfavorecida, além do pouco investimento em setores como ferroviário e metroviário. Sendo assim, se seguindo ideários de Émile Durkheim, no qual a sociedade pode ser comparada como um “corpo biológico” pois interage entre si em busca do equilíbrio, pode-se perceber que a sociedade se apresenta de forma desordenada no que está ligado a mobilidade urbana. Infere-se, portanto, que o transporte público se encontra em péssimas condições devido à falta de infraestrutura e desvalorização do mesmo. Nesse sentido, cabe a Receita Federal, em consonância ao Ministério do Trabalho (MTb), investir maior parcela dos impostos arrecadados nos meios de locomoção de origem pública de modo a qualifica-los e reduzir as tarifas nesse setor. Ademais, o Ministério das Comunicações, em associação ao MTb e do Ministério da Segurança Pública, proporcionar campanhas e palestras em locais estratégicos- centros comunitários, praças e parques- que visem a conscientização da população a adotar o sistema de transporte coletivo, além de investir e melhorar o setor ferroviário e metroviário pois, como defendia Charles Darwin, não são as espécies mais fortes quem sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis as mudanças.