No início do século XX, a Revolução Industrial proporcionou um avanço de mobilidade no mundo. Apesar dos adventos tecnológicos na locomoção e o direito garantido pela Constituição Brasileira que prevê transporte público para toda população, o Brasil, atualmente, sofre de um transporte defasado e com péssimos serviços. Sobre esse tema, dois aspectos fazem-se relevantes: as atitudes que corroboram para esse sistema ruim e as consequências disso para com a sociedade. De antemão, é importante ressaltar os motivos da falha no transporte público brasileiro. Parafraseando Zygmunt Bauman, o individualismo é uma característica na modernidade líquida. De fato, esse pensamento faz-se verdadeiro na sociedade contemporânea, onde os números de carros particulares aumentam e ratificam os congestionamentos. Junto a isso, o Estado também falha em criar medidas para erradicar os problemas do transporte – congestionamento, superlotação, alto preço e péssima qualidade – Prova disso, são os protestos na cidade de São Paulo em 2013, quando o prefeito da mesma aumentou o valor da passagem. Os diversos problemas e não tentativa de melhora, criam um estado de ineficiência, na qual a sociedade sofre com as consequências corriqueiramente. Por conseguinte, os obstáculos do transporte público afetam a sociedade diretamente todos os dias. As greves dos funcionários de transporte público são feitas pela má remuneração, péssima infraestrutura e descaso do poder público para com eles. Todavia, as greves prejudicam ainda mais a população nas grandes cidades, pois a falta de coletivo gera caos. Então, a sociedade brasileira vive em um conflito: ficar estagnado e esperar uma ação do Estado para melhorar a péssima qualidade no serviço de mobilidade pública. A insatisfação é nítida, visto que segundo a ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o principal meio de locomoção no Brasil – o ônibus – tem uma aprovação de somente 35% dos passageiros. Logo, é inadmissível em uma sociedade dependente de transporte para locomoção, ter um que não propicie qualidade mínima para a população. Diante dos argumentos supracitados, faz-se necessário uma intervenção do Estado para assegurar os direitos da sociedade. Para isso, é necessária uma parceria do governo federal com a mídia através de jornais, televisão, internet e revistas, afim de difundir e promover um diálogo com a sociedade e funcionários do transporte público com o intuito de encontrar os problemas e soluciona-los. Ademais, o governo federal precisa deslocar os passageiros de transporte particular para o transporte coletivo com o objetivo de diminuir a frota de veículos e congestionamento, sendo assim, é primordial diminuir o preço da passagem e aumentara frota de ônibus com interesse de atender toda a demanda da população e fornecer um transporte público de qualidade. Somente assim será possível assegurar o direito previsto pela Constituição e oferecer um sistema de transporte digno.