Desde os primórdios da colonização do Brasil, o tráfico de escravos africanos pelo mar foi exercido. Durante o trajeto, esses “objetos” de trabalho eram submetidos a condições desumanas nas embarcações, o que levava ao adoecimento de muitos. Hoje, no Brasil, o transporte coletivo também sofre com algumas péssimas condições que os passageiros são sujeitos. Com isso, surge um setor público de transporte problemático, seja pela falta de investimentos no setor, seja pelo descaso do governo com os usuários. É irrefutável que os brasileiros vejam o uso de transporte coletivo como algo abominável. Afinal, as pessoas que utilizam ônibus diariamente enfrentam as superlotações, os percursos demorados e, ultimamente, preços abusivos. Consequentemente, denota-se um aumento considerável no uso de transporte privado, o que, segundo a ANTP, aumenta: o número de acidentes, a poluição e os congestionamentos. Ademais, é importante salientar que as movimentações de 2013 foram, inicialmente, ocasionadas pelo aumento na tarifa do transporte público, o que demonstrou o descontentamento da população com o setor. Outrossim, o sistema público de transporte carece de investimentos públicos e privados. Conforme o Imperativo Categórico de Kant, o homem deve ser tratado como um ser dotado de dignidade e não de valor material. Dessa forma, sua teoria fica em contraste com a situação dos brasileiros usuários do transporte coletivo, haja vista que, as empresas estão aumentando o preço das tarifas acima da inflação. Ainda, o Estado além de não oferecer vale-transporte para todos os usuários, está limitando os recursos para o setor. Infelizmente, diante a situação, os mais afetados são os brasileiros de baixa renda, ou seja, a maior parte da população brasileira. Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Fazenda deve criar um órgão encarregado exclusivamente da verba destinada ao setor de transporte, evitando atrasos e desvios de dinheiro para outros setores. Assim, haverá um constante investimento no setor. Além disso, as prefeituras devem ser encarregadas de comprarem uma frota de ônibus, com parte dos impostos anuais, a fim de auxiliar no transporte coletivo em horários de pico, reduzindo os tempos de espera e as superlotações do transporte. Por fim, O Ministério do Trabalho deve exigir de empresas, com mais de 10 funcionários, o vale-transporte integral nos contratos de trabalho ou um transporte gratuito da empresa, como uma van, o que irá promover o uso de transporte coletivo.