Durante o ano de 2013 o descontentamento da população mediante ao transporte público conduziu para um estopim de manifestações em todo o país. Cidadãos insatisfeitos não apenas com o aumento do preço das passagens, ademais a péssima qualidade dos serviços prestados. Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apontou que mais de 20% da população no Brasil gasta mais de uma hora por dia no trajeto casa-trabalho. Isso se dá pela ausência de vias únicas acarretando a uma viagem mais demorada. Outrossim, a seleção de rotas atendem uma camada mais favorecida da sociedade, enquanto as áreas periféricas tendem a se deslocar em grandes distâncias até o ponto mais próximo. Por conseguinte, o incontentamento das pessoas fez-se à adotar por transportes mais acessíveis. Entretanto, a classe mais carente estar desprovida dessa escolha, sendo impostos a optar pela condução pública, visto que há um quadro constante de reclamações por atrasos, superlotação e condições ruins do transporte. Todavia, o preço pago pelos desfrutadores não satisfaz ao serviço prestado. Situação que não corresponde com o Art.30, inciso V da constituição, na qual assenta que o transporte coletivo é um dever do Estado e como tal deve ser prestado com dignidade de forma a atender todas as necessidades de deslocamento do cidadão sem distinção. Diante do exposto, cabe o Governo Federal em parceria com as prefeituras investirem em equipamentos os quais possibilitam viagens mais agradáveis e confortáveis, além de contratarem arquitetos eficientes para a construção de vias únicas para as ônibus. Ademais, também é preciso que o Poder Legislativo torne os transportes coletivos acessíveis a todos, com a criação de leis que asseguram as regiões periféricas, garantindo o direito previsto na constituição.