O transporte público foi uma ótima solução para os transtornos de locomoção encontrados em grandes centros urbanos. Além disso, ele benéfica os usuários, devido ao baixo custo final das locomoções, e a cidade, devido à redução do fluxo de veículos nas ruas e da emissão de dióxido de carbono, um gás envolvido no efeito estufa. Entretanto, a má gestão governamental transformou essa efetiva solução em um verdadeiro caos. No Brasil, o transporte público é precário, ineficiente e pouco inclusivo. Em matéria exibida no Profissão Reporte, Rede Globo, os usuários avaliaram pessimamente o serviço de transporte oferecido diariamente à população. Ademais, reclamações com relação a ônibus danificados, poucos veículos com acesso para cadeirantes e, até mesmo, denúncias de abuso sexual, oportuno em um ônibus superlotado, foram comuns. Assim, evidencia-se a pouca preocupação com o serviço oferecido à sociedade. Além do mais, os incentivos do governo federal vão na contramão do benefício ao transporte público. Em 2012, incentivos como redução do Imposto sobre Produtos Importados (IPI) e redução de juros sobre financiamento de veículos novos resultaram na introdução de milhares de carros em um sistema de transporte já saturado. Não inesperadamente, atrapalhou-se ainda mais a locomoção e utilização dos veículos coletivos. Portanto, a gestão do transporte público brasileiro tem se mostrado pouco eficiente. Sendo assim, é imprescindível a criação de meios que restaurem o sistema de transporte coletivo. Para isso, deve-se extrair modelos de gestão de cidades com tal sistema bem avaliado pelos usuários. Em Florianópolis, por exemplo, incentivos fiscais da prefeitura permitiram que empresas privadas oferecessem serviços de qualidade à população. Além disso, como garantia de um bom serviço, há uma fiscalização rigorosa por parte do DETRAN. Ainda assim, propagandas que busquem conscientizar a população sobre o bom uso e conservação dos ônibus e estações de paradas são produzidas com certa frequência. Para um bom sistema de transporte coletivo, é preciso que este seja levado a sério.