A Constituição brasileira defende o direito do cidadão de ir e vir. Mas, para que esse direito continue a ser exercido, devem ser feitos investimentos em transportes públicos, o que, atualmente, não é feito de forma adequada no país, já que é extremamente corriqueiro ter ônibus, metrôs e trens lotados nas cidades brasileiras, além de terem tarifas, as quais não são inteiramente convertidas em melhorias no setor. Com a adoção do modal rodoviário, desde o governo de Juscelino Kubitschek, em detrimento do ferroviário e aquaviário, observa-se um significativo congestionamento de veículos automotores nos perímetros urbanos, devido ao elevado número de automóveis particulares circulando. Ou seja, ao estimular a vinda de multinacionais automobilísticas ao país, incentivou-se o uso do automóvel, deixando de lado o transporte público, que consegue transportar mais pessoas em um mesmo local, diminuindo, assim, os congestionamentos. Por conta disso, somente as grandes metrópoles brasileiras possuem metrôs, apesar de que esses possuem vagões e estações precárias, além de possuírem diminuta extensão em relação ao número de usuários. Um exemplo disso é o fato que São Paulo tem uma extensão metroviária de 78,4 quilômetros para 12 milhões de habitantes, enquanto que o metrô de Nova York possui mais de mil quilômetros de extensão para 8 milhões de habitantes, logo, essa comparação é uma prova de que o sistema de transporte público brasileiro é extremamente defasado, o que prejudica a locomoção diária de sua população. É evidente, portanto, que é necessário que as secretarias de transportes, de cada município, invistam mais na melhoria das frotas de ônibus, trilhos de trem e metrô e na redução das tarifas de transporte, a fim de que ele se torne mais acessível à população. Ademais, é imperativo que os governos estaduais invistam na instalação de novas linhas de metrô r trem, tanto nas cidades que já as possuem, como nas que ainda não as têm, visando tornar a locomoção dos brasileiros mais rápida, eficiente e barata.