A cada início de ano o Governo Federal aumenta as taxas de transporte público, a fim de ajustar as contas públicas. Nesse contexto, o brasileiro paga por um serviço de mobilidade caro e de estrutura inadequada, o qual diminui a qualidade de vida do cidadão e polui o meio ambiente. Apesar do contexto histórico contribuir com o a concretização do cenário, cabe ao Estado incentivar novas práticas comunitárias. Mormente, analisando a situação sob o ponto de vista estritamente histórico, vale salientar as raízes do problema: devido a industrialização tardia e em alta velocidade, o Brasil enfrentou o intenso aumento de população urbana, em virtude do êxodo rural. No entanto, o processo dos imóveis cresceu de forma proporcional a expansão habitacional forçando os cidadãos a procurar áreas mais afastadas dos grandes centros para se estabelecer. Assim, a jornada ao trabalho se tornou mais longa. Portanto, a falta de uma política de investimento unificada para a estruturalização dos meios de transporte somada às grandes distâncias percorridas pelos trabalhadores corrobora com a condição hordiena. Ademais, assim como a mídia mostra todos os anos, desde 1998, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) sempre possui candidatos atrasados. Sob tal ótica, pode-se atribuir parcela da responsabilidade aos concorrentes e aos engarrafamentos. Estes, por sua vez, são gerados pelo excessivo número de carros, por conta da preferência do veículo particular ao transporte público. Destarte, o acúmulo de carros nas vias desencadeia a paralisação das estradas e ruas e poluição excessiva. Apesar do metrô e trens serem boas alternativas, são poucas as cidades as quais possuem acesso a estas alternativas. Por fim, depreende-se que a situação contemporânea dos transportes públicos tem suas causas no processo de industrialização. As consequências da permanência do contexto afetam não somente o meio ambiente, mas também na forma como a população vive. Dessa forma, cabe ao Estado, na figura do Ministério dos Transportes, em parceria com empresas privadas incentivarem outras formas de deslocamento, como bicicletas, e relembrar a importância da carona solidária. O projeto deve ser executado com avisos rápidos e periódicos nos intervalos televisivos abordando os tópicos supracitados. Nessa linha de raciocínio os problemas de locomoção poderão ser atenuados.