No Brasil o transporte público padece de inúmeros problemas principalmente na área de investimentos, diante disso, em muitas cidades do país os ônibus são considerados insuficientes para atender a população, inclusive, precário e de alto custo das passagens. A insatisfação da sociedade com a condução pública não é uma questão recente, dado que, o processo de industrialização que acelerou o país a partir do século XX trouxe consigo também o encadeamento da urbanização nos grandes centros, inclusive, tal fenômeno se concentrou mais na região Sudeste. Por conseguinte, as pessoas tiveram que morar em áreas precárias e afastadas dos centros urbanos, dessa forma, necessitando pegar ônibus. Entretanto, apesar das pessoas necessitarem para se deslocar para o serviço a administração pública não se preocupou em melhorar os transportes públicos coletivos, consequentemente, a situação resultou cada vez mais problemas. Além disso, dados da pesquisa nacional realizada pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) apontam que o transporte por ônibus custa caro, é desconfortável, inseguro e demorado. Ademais, a pesquisa constatou que o deslocamento público deixou de ser utilizado por 38,2% das pessoas, ademais, essa problemática é uma questão de saúde pública, posto que, um transporte eficiente reduziria o número de carros nas cidades, assim, os índices de poluição, acidentes e demora no trânsito diminuiriam. Infere-se, portanto, que é preciso repensar a mobilidade urbana e democratizar o acesso às cidades, de modo que, o deslocamento entre a moradia e o emprego diminua, aliás, os governos Estaduais e Federais precisam aplicar investimentos no transporte público para melhorar o deslocamento, modernizar o acesso a todos e criar um planejamento para construir mais ciclovias e, ainda, veículos como trens e metrôs com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida da população especialmente a classe dos trabalhadores.