Título da redação:

Descaso e indiferença

Tema de redação: As deficiências do transporte público brasileiro

Redação enviada em 05/09/2017

Somado ao problema da mobilidade urbana e da poluição ambiental por combustíveis fosseis, tem-se o precário transporte público brasileiro. Este, que deveria ser um solucionador para a locomoção da sociedade, tornou-se um verdadeiro ambiente de caos fazendo com que os passageiros de bem, e principalmente mulheres, se tornem vítimas. No ano de 2013, manifestações populares contra o valor da passagem de ônibus consolidaram a insatisfação do povo brasileiro com relação ao transporte oferecido. Além deste impasse, recentemente um novo caso de assédio sexual ganhou destaque na mídia, evidenciando mais uma vez o quanto a mulher é inibida e vulnerável nesse local. Acrescenta-se ainda ao cenário caótico os furtos e assaltos à mão armada que revelam uma segurança falha frente a violência sem limites. No entanto, tendo em vista que o Brasil está entre os primeiros países no quesito recolhimento de impostos, a situação não deveria ser essa apresentada. Percebe-se um poder público indiferente quanto à realidade de milhões de brasileiros que dependem de ônibus, trens e metrôs para ir ao trabalho como também voltar para casa. Superlotação, violência sexual, roubos e, muitas vezes, péssimas condições no período de locomoção são enfrentados nas grandes capitais do país enquanto os governantes possuem seus confortáveis veículos particulares. Tal realidade é o oposto do que ocorre em países como Suécia e Noruega onde, além de ter boa qualidade, os transportes públicos são utilizados por políticos. Sendo assim, essa realidade precisa ser revertida visto que a sociedade urge por melhorias. É dever, portanto, dos prefeitos e governadores analisarem a referente questão e adotarem medidas como implantação de detectores de metal nas diversas modalidades de transporte, e também fixar policiais em terminais que há grande índice de violência. Ainda é necessário separar os passageiros homens e mulheres como medida provisória enquanto a população é educada e corrigida quanto aos frequentes abusos. A população, por sua vez, não pode se calar devendo continuar lutando por seus direitos básicos garantidos pela Constituição Brasileira.