Sabe-se que teve início na sociedade brasileira, desde o período dos bandeirantes, a interiorização territorial, por meio da utilização de animais como transporte. Desse modo, o modelo de locomoção, gradativamente, está modificando-se de acordo com os desdobramentos históricos - período cafeeiro e industrialização - chegando, no século xxi, com diversos problemas: durabilidade, conforto e abrangência de um, significativo, percentual de indivíduos nas viagens. Essa situação problemática é ocasionada devido a concentração populacional e ao, descontrolado, desejo acumulativo. Segundo os dados do IBGE, a região sudeste possui, em média, 40% da população do Brasil. Esse fato é preocupante em relação ao deslocamento populacional, pois centenas de ônibus, metros e trens trafegam com o dobro de passageiros estipulados para cada veículo. Logo, as insatisfações dos usuários dos transportes públicos são inevitáveis e ,por conseguinte, manifestações - com relevância as de 2013, nomeadas: "as revoltas dos 20 centavos", contra o aumento da tarifa nos ônibus, estão sendo desencadeadas por milhares de pessoas. De acordo com o pensamento do sociólogo Gilberto Freyre, " sem um fim social o saber será a maior das futilidades". Essa linha de pensamento é aplicada ao "pé da letra", pois após a industrialização, brasileira, a busca pelo monopólio financeiro é intensa, entretanto, segundo a SPTRANS, desde 2005, a frota de ônibus está, praticamente, estagnada, linhas de trens e metros são insuficientes e o trânsito é caótico. Logo, essa sociedade desprezou o, interpretado, pensamento sobre Maquiavel, de que para conquistar o que deseja é necessário aplicar, significativos, investimentos entre o início e o fim. Em suma, por diversos fatores, os estados brasileiros não possuem transporte público de qualidade, entretanto, os cidadãos são dependentes desses veículos no cotidiano, Assim, é dever do Estado e das empresas privadas proporcionarem investimentos na aquisição de novos ônibus, construção de linhas de metros e trens, principalmente, em direção à periferia para que o significativo percentual populacional, em especial da metrópoles, possua diversidade, velocidade e qualidade no transporte. Ademais, faz-se necessário, por parte dos meios midiáticos, o incentivo, com comerciais e campanhas conscientizadoras sobre os malefícios do uso de carros diariamente, a utilização do transporte público com intuito de diminuir a circulação de carro e, por conseguinte, diminuir os congestionamentos.