O transporte público brasileiro utilizado majoritariamente por cidadãos de classe baixa apresenta diversos problemas no que concerne a sua qualidade e custo benefício. Ao pagar pela tarifa, o usuário do transporte público pode sentir que o custo para utilizar o serviço é muito elevado pela qualidade do serviço que é prestado e ele não está errado. O serviço de transporte público que é oferecido por empresas privadas no Brasil, não cumpre o seu papel de ser uma alternativa benéfica de locomoção e acaba sendo colocado em terceiro plano pelos brasileiros, em detrimento do uso de motocicletas e carros. Devido a isso não são só os usuários do transporte público que são afetados pelo mal serviço que é prestado pelas empresas pois a preferência por meios de transporte individuais aumentam a quantidade de carros e motocicletas nas vias, causando o aumento de congestionamentos e número de acidentes no trânsito. Com a baixa qualidade do serviço e com as tarifas subindo acima da inflação, não há perspectiva de quando o transporte público será a opção favorita de locomoção do brasileiro e ainda, aqueles que não tem condições de manter um meio de transporte individual, permanecem sem alternativa e precisam utilizar o serviço. Presos com um serviço de péssima qualidade, os usuários do transporte público podem ver-se sem saída pois o governo não aplica recursos expressivos para a melhoria do serviço e as empresas de transporte não enfrentam concorrência. Segundo o economista Mises, os empresários podem estar no leme do mercado, mas o capitão deve ser o consumidor. No caso do Brasil, a entrega do transporte público para o setor privado deu todo o controle para as empresas que, naturalmente, buscam o lucro acima de tudo, passando por cima dos interesses da população que dependem do seu serviço. O intermédio do governo, aplicando verbas no setor e fiscalizando a qualidade do serviço prestado é essencial para assegurar a melhoria do transporte público no Brasil.