Título da redação:

A mobilidade urbana além do transporte

Tema de redação: As deficiências do transporte público brasileiro

Redação enviada em 11/01/2018

A questão da mobilidade urbana na sociedade abrange, além do próprio transporte, a mobilidade social. Não é apenas o viés técnico que está em pauta, mas também como as condições da mobilidade influem em uma sociedade. A migração pendular, feita por grande parte da população, é algo decorrente dos centros comerciais e urbanos por não se espalharem por toda uma cidade ou estado e ficarem concentrados em uma determinada parte da metrópole. Consiste em uma migração temporária, que ocorre por conta do trabalho. O ir e vir dessas pessoas é feito através de milhares de carros e ônibus, o que ocasiona a superlotação de veículos nas principais vias das capitais, provocando também, além de vários acidentes diários, uma grande poluição no meio ambiente. Fica claro, a partir dos fatos, que se o transporte público como um todo dispusesse de tecnologia e conforto suficientes para o contingente populacional, só o revés da quantidade de veículos e da falta de conforto já seria solucionado. No mesmo sentido, percebe-se que outro grande obstáculo é o desequilíbrio e a discrepância social em aspectos como capital e moradia, que é uma situação que também exige a necessidade de ser mencionada, afinal, é a própria falta dessas condições de toda uma classe, denominada "classe C", que provoca a superlotação dos transportes públicos, com seu grande número de pessoas. Conforme disse Karl Marx, "a história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes", portanto, não há razões para não mencionar que uma equidade social solucionaria boa parte dos problemas e, muito menos, para achar que a luta de classes é algo corriqueiro e que tem sempre que estar presente. Tanto a questão da mobilidade urbana, quanto a da mobilidade social devem ser solucionadas com o objetivo simples de isonomia. É evidente, portanto, que os governos brasileiros devem direcionar o capital e os interesses para um melhor funcionamento dos transportes públicos e para a abertura comercial de cidades, para que não existam centros urbanos fixos em uma determinada parte metrópole. Isso incentivará as empresas com grande empregabilidade a ter sedes fixas perto dos seus empregados, retendo todos para que tenham acesso a um emprego perto de casa, preservando a saúde física e psicológica e dando desenvolvimento às classes periféricas.