As consequências do sedentarismo infantil são uma celeuma no mundo atual. Isso deve ser enfrentado, combatido e coibido, uma vez que é um problema de saúde pública. Nesse sentido, dois aspectos se fazem relevantes: os males causados pelo sedentarismo à saúde e o estilo de vida da nova geração. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o sedentarismo mata cerca de 5,5 milhões de pessoas por ano, adquirindo o "status" de epidemia global. Juntamente com o sedentarismo, há a ligação direta entre maus hábitos alimentares, proporcionados sobretudo por alimentos processados e de péssima qualidade. Uma alimentação inadequada pode causar casos de desnutrição, anemia, raquitismo, obesidade, déficit de crescimento, entre outros. A naturalidade em comer alimentos com baixo valor nutritivo advém da vida corrida em que vivemos atualmente, onde precisamos correr contra o relógio e, consequentemente, encontrar soluções rápidas para uma refeição. Consequentemente, uma alimentação desequilibrada deve ser combatida e coibida, tendo em vista o futuro de uma geração, onde, ao se tornarem frequentes, ressaltam o risco cada vez mais precoce de adquirir problemas diabéticos e cardiovasculares. Como conceito, sedentarismo caracteriza-se pela falta, ausência ou diminuição de atividades físicas. Essa atitude, além de dever-se a um estilo de vida, é muito incentivado pela comodidade das novas tecnologias. Atualmente, os aparelhos eletrônicos tem tomado lugar das brincadeiras ao ar livre, condicionadas sobretudo pela variedade de estímulos disponibilizados pelos mesmos e pela enorme demanda de conteúdo direcionado ao público infantil. Por conseguinte, além de incentivar o isolamento, hábitos sedentários propiciam também uma perda calórica relativamente baixa, tendo em vista a substituição de estímulos motores realizados ao ar livre por estímulos mentais, realizados em frente a eletrônicos. Sendo assim, a inatividade física deve ser enfrentada, no intuito de fortalecer relações afetivas e proporcionar uma saúde de qualidade às crianças. Com base nos argumentos supracitados, faz-se relevante a atuação do Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde na promoção de mecanismos de incentivo à atividade física e à reeducação alimentar nas escolas, sempre com orientação profissional adequada. Some-se a isso, a família é de fundamental importância para fiscalizar, orientar e proteger as crianças de uma alimentação e de hábitos não saudáveis.