Jogar bola. Pular. Correr. Mover. Essas são atividades cada vez mais ausentes no cotidiano infantil. Tal cenário tem como intensificadores a insegurança nas cidades- haja vista o receio dos pais em deixar as crianças brincarem na rua- e os meios eletrônicos como forma de entreter as crianças. Dessa forma, esses fatores contribuem para a ocorrência de casos de obesidade, diabetes, hipertensão entre outros. Em primeira análise cabe pontuar que na fase de crescimento o exercício físico é fundamental. A inexistência do mesmo é uma causa muito provável da obesidade infantil, pois além da falta de atividades a criança tem o costume de comer balas, refrigerantes e salgadinhos entre outros alimentos que fornecem grande conteúdo energético, que não é gasto de maneira adequada e consequentemente é acumulado em forma de gordura. Outrossim, o modo de vida inerte dos pequenos acarreta problemas no funcionamento do corpo como um todo, por exemplo dificuldades na coordenação motora uma vez que a falta de estímulos a determinados músculos corrobora para a causa de hipotrofia das fibras desse tecido, como comprova a pesquisa publicada no American Jornal of Human Biology, que mostrou que crianças sedentárias de nove a dez anos têm nove vezes mais chances de apresentar tais problemas. Entende-se, portanto, que as consequências do sedentarismo infantil são altamente preocupantes e precisam ser revestidas, para isso é necessário atacar suas causas. Desse modo, o Governo Estadual aliado a esfera municipal deve elaborar um plano de reforma de praças e centros esportivos por meio da limpeza e reconstrução de parquinhos, equipamentos e quadras. Ademais, a escola em conjunto com a família possuem um papel importante na mudança de hábito dessas crianças, sendo assim é interessante a promoção de gincanas desportivas no ambiente escolar, além de proporcionar um encontro ao menos uma vez por mês entre pais e alunos. A fim de que os mais velhos ensinem os jovens suas brincadeiras de infância.