É evidente a necessidade de se discutir sobre o sedentarismo infantil na atualidade. Diante disso, averigua-se, desde o início deste século uma influência exponencial da mídia tecnológica na estaticidade das crianças suprimindo-lhes o movimento da diversão. Tal processo acomete as nações no âmbito da saúde pública e no setor econômico. Por essa razão, faz-se necessário pautar, no mundo vigente, a diminuição da atividade física infantil e os desdobramentos dessa problemática. Primeiramente, é importante salientar que o cientista Charles Darwin em sua teoria sobre a “Evolução das Espécies” já pôde prever como se definiria o homem do século XXI: um pleno não nômade. Corroborando a tese do pesquisador, o ser humano tornou-se sedentário à medida que sua sobrevivência passou a ser independente da caça, da coleta e da fuga. Prova disso, suas necessidades passaram a ser satisfeitas pelo simples toque na tela de um "smartphone", onde, por exemplo, aplicativos disponibilizam diversão e alimentação com o mínimo esforço. Nesse contexto, o reflexo nas crianças é nítido, visto que os jogos de computador, filmes e desenhos promovem-lhes um divertimento imóvel, desencadeando uma infância sedentária. Fato que implica em um desenvolvimento marcado pela má qualidade de vida, expondo-a a doenças de alto risco, como a obesidade que pode levar à diabetes e demais patologias crônicas. Nesse sentido, cria-se um embargo na saúde pública - o sobrecarregamento- como revelam dados da OMS (5,5 milhões de pessoas morrem anualmente por desdobramentos do sedentarismo). Ademais, barreiras ainda persistem no que se refere ao tema, o que se nota, pois, na contemporaneidade é que a população economicamente ativa tende a diminuir pela transição demográfica apontar o envelhecimento. Nesse viés a redução da taxa de sobrevivência das crianças , por conta da vida sem prática de exercícios físicos, pode representar uma consequência drástica no âmbito econômico, por conseguinte a força de trabalho tornar-se-á escassa. Nessa perspectiva, portanto, vê-se a necessidade de medidas para solucionar esse quadro, com a atuação da tríade Estado, mídia e escola. Cabe ao Estado promover políticas públicas que visem garantir a prática de exercícios para as crianças, como aprimorando as existentes academias da cidade, para que o público infantil seja atraído por essas áreas; a mídia tecnológica poderá criar jogos que amplie a capacidade de movimento durante a diversão; e a escola deverá por intermédio da disciplina de educação física reforçar o quão necessário é combater o sedentarismo para se adquirir qualidade de vida com um desenvolvimento próspero da nação.