No final do século XX, era comum ter crianças brincando nas ruas e parques das cidades. Contudo, na atual conjuntura, a esfera infantil encontra-se majoritariamente sedentária, que não recebe a atenção necessária para ser combatida. Isso se deve ao fato de uma crescente onda de violência que vem intimidando os pais, causando um isolamento social da criança. Resta saber se a sociedade irá conseguir a garantia do direito de ir e vir para combater a “prisão domiciliar” das crianças. Em primeiro lugar, observa-se que, devido à violência, os pais restringem a saída dos filhos para atividades gerais. De fato, a violência no Brasil vem aumentando. Isso é visto na superlotação dos presídios, além de diversas ocorrências de balas perdidas nos grandes centros. Essa violência desperta o senso de proteção dos pais, evitando que os filhos possam sair para atividades gerais, causando o sedentarismo infantil. Desse modo, as crianças veem na tecnologia uma saída atrativa de entretenimento, o que agrava a inatividade das crianças. Dessa maneira, ocorre um isolamento social das crianças. Atualmente, brincadeiras como futebol são usufruídas por jogos em computadores e videogames, podendo ser feito por apenas uma pessoa. Isso acarretará um comportamento antissocial quando a criança tornar-se adulta, mesmo que haja uma atuação ativa nas redes sociais. Tal efeito pode ser análogo ao ato de colar em provas na escola, haja vista que o sujeito, mesmo que tire uma nota maior, não aprenderá o conteúdo. Desse modo, o sedentarismo infantil está criando futuros adultos submissos que não irão conseguir dialogar em busca de seus próprios objetivos. Nesse contexto, portanto, está evidente que o governo e sociedade devem agir contra o sedentarismo infantil. Sendo assim, o Governo Municipal deve ampliar as opções públicas de lazer nas cidades, com a construção de praças, ginásios de esporte e a promoção de competições intermunicipais, em que as escolas entrariam com os competidores, aumentando a interação social das crianças. Por conseguinte, a Polícia Municipal deve promover patrulhas de tempo integral nas praças, através de rondas periódicas, de modo a evitar a vulnerabilidade das crianças. Além disso, empresas de aplicativos devem criar produtos que forcem a interação social das crianças. Por fim, a sociedade deve fiscalizar os órgãos públicos citados, através de avaliações bimestrais das ações feitas, a fim de garantir o direito de ir e vir, libertando as crianças da prisão do sedentarismo infantil.