Em um mundo cada vez mais tecnológico, o sedentarismo infantil encontra espaço para se proliferar entre as crianças. O uso de meios eletrônicos associado ao consumo exagerado de guloseimas e refrigerantes sem a prática de atividade física, estão entre os principais fatores que corroboram para o sedentarismo de crianças na atualidade. Dessa forma, as consequências negativas para a saúde são inúmeras podendo até levar a morte. Segundo uma pesquisa realizada pelo EducaRede, 39% das crianças trocam atividades motoras para ficar conectados aos meios eletrônicos. Tal dado, revela uma realidade preocupante, haja vista que a comodidade aliada a diversão proporcionada faz com que o público infantil passe horas na frente de computadores, celulares e da televisão. Nessa perspectiva, as brincadeiras de rua, bem como a realização de alguma atividade física estão a cada dia perdendo espaço e, consequentemente, formando uma geração mais preguiçosa e com excesso de peso. Outrossim, o consumo de fast food e guloseimas estão adentrando o cardápio alimentar das crianças cada vez mais precocemente e com uma assiduidade prejudicial a saúde. O arroz e o feijão juntamente com as frutas e os legumes tão essenciais no desenvolvimento são trocados com facilidade por lanches calóricos que ainda contam com brindes temáticos de personagens dos desenhos animados preferido dos pequenos. De acordo Patrick Rocha, pesquisador da área de nutrição, a falta de uma educação alimentar associado ao sedentarismo é um dos grandes causadores da obesidade infantil, na medida em que comendo pior, as crianças estão adoecendo com mais freqüência. Fica evidente, portanto, que o sedentarismo é um problema de saúde pública. Desse modo, cabe ao Estado por meio das prefeituras do Brasil construir nos bairros, áreas de lazer com infraestrutura para a realização de esportes. Paralelamente, um Cadastro Único deve ser feito com todas as crianças desses bairros e posterior encaminhamento para nutricionistas onde serão avaliadas e acompanhadas mensalmente. Ademais, as escolas municipais, estaduais e particulares devem dar prioridade em suas cantinas por alimentos saudáveis e proibir o uso de meios eletrônicos na hora do recreio como forma de promover a interação, através de atividades lúdicas entre os alunos. Assim, será possível no futuro próximo ter uma geração menos sedentária e mais ativa.