Em uma das cenas do filme “Wall-E”, é possível observar as pessoas estarem obesas devido à inatividade física e ao excesso de mordomias. Fora das telas, percebe-se que, no Brasil, muitas crianças caminham para essa realidade. Nesse contexto de sedentarismo infantil, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como à falta de incentivo à realização de atividades físicas e as consequências que essa inércia pode gerar. Em primeira análise, cabe pontuar que os jovens trocaram os exercícios físicos pelos aparelhos móveis. Essa distorção de comportamento vai ao encontro com a frase do pensador moderno Helgir Girodo: “Diante do avanço e das tecnologias modernas, nossos jovens são escravizados pelo mau uso do tempo, se prendendo à paixão da carne, trazendo-lhes a ilusão e a morte mais cedo”. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para diminuir o mau uso de tempo dos pequenos cidadãos, está no incentivo a aderirem novamente os esportes que, atualmente, são esquecidos, resultando na diminuição de casos de morte por sedentarismo. Ademais, convém frisar que esses óbitos são intensificados pela mídia que assistimos todos os dias na televisão, que utiliza propagandas que mostram desenhos animados felizes em consumir alimentos que fazem mal à saúde, estimulando o público mirim a fazer o mesmo. Uma prova disso está em uma pesquisa realizada pelo movimento internacional “Designed To Move”, que mostra que se uma criança assiste televisão durante cinco horas por dia, ela é tem 35% de chances de ter obesidade e, como consequência, pode levar à morte. Diante disso, percebe-se que, essa consequência do sedentarismo, só será amenizada com a diminuição de propagandas que estimulam a compra de “fast food”. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que as escolas, apoiadas pelo Governo, ampliem o acesso dos estudantes às quadras esportivas com atividades extracurriculares supervisionadas pelos mesmos professores porque, além de educá-los, essa ação mantém os jovens com o metabolismo em homeostase. Além disso, as ONGs, com o apoio da mídia, devem criar programas, a nível nacional, de reeducação alimentar, para mostrar que o excesso, de comidas muito calóricas, gera prejuízos à saúde. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para que diminua o número de casos de crianças sedentárias que, hoje em dia, é cada vez mais comum. O que deveria ser exceção, infelizmente, acabou virando regra.