Título da redação:

Crianças atuais: energia retida biológica e socialmente

Proposta: As consequências do sedentarismo infantil na atualidade

Redação enviada em 29/04/2017

Com o advento de tecnologias, no século passado, como a televisão e o computador, houve um crescimento geral do sedentarismo, visto que as pessoas pararam de se exercitar devido ao entretenimento promovido por essas mídias. No entanto, a forma mais preocupante é o infantil, já que as crianças tendem a não se envolver em brincadeiras lúdicas, que gastam energia, melhoram a coordenação e o contato social, contribuindo, assim, para a saúde. De modo que a consequência é um comprometimento da qualidade de vida dos jovens, que passam a sofrer com doenças crônicas e com a obesidade, além de outros problemas sociais. Antigamente, problemas cardiovasculares, por exemplo, pressão e colesterol altos, e diabetes mellitus, eram comuns em pessoas mais velhas devido à queda no metabolismo, ou seja, causas naturais. Atualmente, entretanto, são causadas pela alimentação demasiadamente calórica. Um estudo realizado na Cidade do México comprovou que a cada hora diante da televisão, por dia, há um crescimento de 12% no risco da criança desenvolver obesidade, tanto pela redução da prática de atividades físicas, quanto por incentivar uma nutrição rica em glicídios, por meio de comerciais atrativos a esse público. Tanta caloria ingerida é retida no corpo em células adiposas, as quais acumulam gordura. O excesso desta gera a obesidade, que limita a movimentação, além de ser motivo para o bullying infantil em escolas, devido ao preconceito contra pessoas acima do peso. Logo, há a possibilidade do desenvolvimento de depressão, da baixa autoestima e da insegurança. Ser obeso, entretanto, não é sinônimo de doença ou razão para esses complexos, porém o excesso de gordura é um fator que aumenta a probabilidade de ocorrência de disfunções incuráveis, causando a dependência de medicamentos, e da não aceitação social, uma vez que os padrões estéticos ditados pela mídia criam um modelo corporal, muitas vezes inalcançável, que influi no psicológico de crianças e adolescentes. É necessário, portanto, medidas que impeçam o aumento da obesidade infantil. A brincadeira é a melhor forma de uma criança se exercitar, para tanto, os Governos estaduais e municipais devem se aliar a instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de projetos em quadras escolares que envolvam profissionais do esporte e das artes. Nessa campanha, deve haver o oferecimento de atividades lúdicas, como futsal, "pega bandeira", esconde-esconde, corridas, danças, como o "break dance" e o jazz, além de oficinas que ensinem a como fazer pipa, carrinhos de rolimã. Também deve utilizar das tecnologias para a criação de curtas metragens com personagens infantis praticando esportes, a fim de atrair ainda mais as crianças. Palestras devem ser oferecidas aos pais sobre a importância de uma alimentação balanceada no crescimento dos filhos e, inclusive, precisam desconstruir preconceitos contra as pessoas obesas. Com o sucesso desse projeto, as crianças aprenderão a se divertir sem a necessidade de um computador e melhorarão tanto a saúde como o convívio social.