Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 30/04/2016

A publicidade é um mecanismo de difusão de anúncios comerciais que existe desde a Antiguidade, quando egípcios estimulavam as vendas através de papiros e cartazes, e que tem evoluído concomitantemente às transformações da sociedade, contando hoje com técnicas elaboradas e atuação de diferentes profissionais. Dessa forma, é cada vez mais intenso seu papel na manutenção do capitalismo, ao incitar o consumo por meio de propagandas criativas e que cativam diversas faixas etárias. Entretanto, com o excessivo bombardeamento delas nos meios de comunicação, crianças, seres ainda em estágio de formação e por isso extremamente suscetíveis às influências externas, são transformadas em cidadãos consumistas e, consequentemente, alienados quanto aos impactos dessa condição. Um dos principais elementos que acentuam essa transformação é a incitação ao consumo como mecanismo de inclusão social. A maior parte dos comerciais retratam pessoas felizes e bem aceitas socialmente ao consumir determinado produto, situação transferida para a realidade com alguns impasses. O maior, e talvez mais comum atualmente, é a condição depressiva causada, por exemplo, quando uma criança não consegue ter algo que, em tese, todas as outras pessoas possuem e, por isso, se sente excluída e mal vista por determinado grupo. Pesquisa feita pela Northwestern University, nos EUA, aponta, ainda, que pessoas que dão alto valor para status social são mais ansiosas e menos sociáveis, fatores com impacto ainda mais intenso na infância. Além disso, a massificação do consumo atua como barreira no desenvolvimento crítico e como estimuladora da alienação. Um exemplo disso é a falta de consciência econômica, ambiental e social ainda existente na maior parte da população mundial, o que se confirma com os altos índices de endividamento, a compra de aparelhos eletrônicos apenas por causa de pequenas atualizações em relação a modelos anteriores, e a pouca quantidade de informações divulgadas sobre a exploração humana que empresas realizam para manter a produção. Todo esse conhecimento e consciência, quando disseminados na infância, tem chances muito grandes de ser perpetuado durante toda a vida do indivíduo. Sendo assim, a concomitância de algumas medidas reguladoras e conscientizadoras é importante para que o consumismo não seja elemento central na infância de uma pessoa. Assim, quanto a publicidade, o Governo Federal, junto ao Ministério das Comunicações,deve regulamentar a intensidade de veiculação das propagandas de produtos infantis, estipulando limites em relação à persuasão utilizada por elas, bem como a desassociação entre produtos essenciais como alimentos, por exemplo, e elementos que pertençam ao universo das crianças. Ademais,a intervenção do MEC nas escolas, trazendo palestras conscientizadoras sobre os impactos do consumismo, tanto para pais quanto para alunos, além da implementação de educação financeira no currículo escolar, é imprescindível para a formação de indivíduos devidamente conscientes.