Desde o início do capitalismo no período das grandes navegações e expansões marítimas europeias, seu ideal de enriquecimento tem acompanhado as gerações, deixando-as, cada vez mais, detentoras de civilizações obcecadas pelo consumo. A grande questão é o fato de esse consumismo hiperbólico ter tornado a criança em um alvo cobiçado pela publicidade, levando o ser humano a ingressar no ciclo comercial a partir de sua tenra idade. No Brasil, as ferramentas mais utilizadas para a persuasão do público infantil são as propagandas veiculadas na televisão e na internet, as quais, consequentemente, se caracterizaram por serem as principais responsáveis pela participação das crianças no universo adulto em razão da exposição destas às complexidades das relações de consumo, sem devido preparo para isso por parte desse público. Segundo a pesquisa disponibilizada no site “recicloteca", a maioria dos produtos adquiridos por uma família é escolhida pelas crianças, o que demonstra o alto poder de sugestionabilidade que a mídia exerce sobre as crianças. A influência dos meios de comunicação de massa nesse consumismo precoce pode acarretar consequências negativas para os seres humanos, sobretudo para as crianças, e para o meio abiótico, das quais se destacam o desenvolvimento de pessoas menos críticas e mais induzidas pela vontade dos comerciantes, os endividamentos das famílias e a exploração exacerbada de recursos naturais. Logo, em virtude desses resultados prejudiciais, é imprescindível que o governo fiscalize e multe rigorosamente as empresas responsáveis por propagandas que ultrapassem os limites éticos voltados para o público infantil, isto é, que ataque a inocência dos pequenos com publicidades que os façam ser prevalecidos de um espírito capitalista ao invés de um visceral, puro e jovial. Ademais, é fundamental que as famílias estabeleçam limitações e eduquem as crianças a terem uma reflexão crítica acerca do consumo.