Na Indústria Cultural, segundo a Escola de Frankfurt, tudo se torna produto de mercado -inclusive a criança. Uma vez que as empresas encontram, no púbico infantil, a possibilidade de exorbitantes lucros, investem em meios para conquistá-los ao mundo do consumo. Em contrapartida, essas crianças ainda não possuem o poder de discernimento necessário para consumir apenas o útil. À medida que o público infantil torna-se alvo do capitalismo selvagem, a tábula rasa de Locke é preenchida da pior maneira possível. Ao ser inserida no consumismo, a criança pode causar sério problemas financeiros aos seus pais caso não possuam o domínio sobre os seus filhos. Além disso, no futuro, essas crianças também serão adultos sem o devido controle financeiro. Isso gera um ciclo sem fim do consumismo. Dentro dessas perspectivas, percebe-se a forte intervenção da publicidade nos meios midiáticos como forma mais agressiva, porém eficaz, de atrair os pequenos consumidores. Contudo, é desleal utilizar da inocência infantil para conseguir lucrar com uma marca ou um produto. Dessa maneira, a lei da publicidade infantil deve ser respeitada e as empresas desse ramo precisam passar por constantes fiscalizações. Faz-se necessário, portanto, desenvolver uma prática de consumo consciente na criança. A fim disso, os pais, antes de tudo, devem também ser orientados para também ensinar aos seus filhos a conviver com o assédio capitalista. As escolas, por sua vez, podem padronizar os materiais escolares de seus alunos a fim de se evitar produtos mais caros que façam alusão aos personagens infantis. Sendo assim, a criança não torna-se mais uma vítima do consumismo.