Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 24/04/2017

TEMA: Publicidade infantil em questão no Brasil (ENEM 2014) “Pikachu”, “Hulk”, ”Peppa Pig”. São os principais brinquedos que o mercado do público infantil tem investido. Entretanto essa estratégia, em associar produtos a personagens famosos, é preocupante, porque aliada à publicidade esse comércio prioriza o lucro em detrimento à integridade infantil. Por isso, medidas cujo objetivo seja minimizar o abuso da publicidade infantil são necessários. Em primeiro lugar, é preciso compreender os interesses por trás dessas propagandas. Com o governo de Getúlio Vargas, no Brasil, houve a popularização dos meios de comunicação. Isto permitiu, também, o avanço da publicidade, sobretudo a infantil. Esta, atrelada ao interesse de lucro, com estratégias apelativas- a exemplo de personagens famosos-, induz a criança ao consumo, uma vez que ela é um fácil alvo de manipulação. Nesse sentido, o menor sem senso crítico acaba sendo alienado e impulsiona seus pais em adquirir o produto. Para afirmar isso, segundo dados do G1, dos produtos consumidos pelo público infantil 83% são influenciados pela publicidade. Dessa forma, a imoderação desse veículo midiático pode inferir, de forma negativa, na integridade das crianças. No segundo momento, a propaganda abusiva pode construir estereótipos na formação infantil do pequeno. Analogamente à linha epistemológica defendida pelo filósofo inglês John Locke, a psique humana quando nascemos é como uma “folha em branco”. Entretanto, nos anos 2017, o que mancha essa folha é a publicidade abusiva possibilitando, até mesmo, a inversão de valores da criança. Isso torna evidente quando se percebe que as crianças estão, cada vez mais, preocupadas com a estética e o futuro. Tal pensamento demonstra a adulteração precoce desses menores, principalmente meninas, uma vez que a mídia impõe rótulos, a exemplo das maquiagens, sapatos, bolsas e relógios. Ademais o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) não pode proibir essas propagandas, mas regimenta regras e éticas que muitas vezes são descumpridas. Como forma, portanto, de manter a integridade infantil o controle dessas propagandas afrontosas é essencial. O Ministério Público, aliado à mídia, deve fazer campanhas para mostrar a importância do acompanhamento dos pais nas tarefas dos filhos, pois a publicidade abusiva está, por exemplo, na TV, internet e “tablets”. Com isso, os pais- já conscientes- precisam orientar seus filhos a fim de evitar o consumo excessivo e adulteração precoce. Além disso, a escola pode, por meio de trabalhos em grupos, construir propagandas com estratégias apelativas para que o aluno perceba as estratégias usadas. Outrossim, o CONAR, por meio de multas fiscais, tem que pressionar empresas que possui “slogans” apelativos às crianças e que violam as regras. Assim, a folha da criança, segundo Locke, permanecerá inalterada, isto é, branca.