Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 28/09/2016

Durante o século XX, o estímulo à produção industrial por Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek proporcionou a popularização dos meios de comunicação no Brasil. Com isso, cresceu também a publicidade, dentre elas a infantil, que em maioria induz ao consumo. Todavia, apesar dessa faceta negativa da propaganda para os menores, ela pode ser minimizada a partir do desenvolvimento crítico do infante. Em primeiro lugar, é indiscutível a presença de fatores prejudiciais nas propagandas dirigidas a essa faixa etária. Como mostra inúmeros estudos feitos, uma criança abaixo de doze anos ainda não possui capacidade de diferenciação entre realidade e ficção, pois seu processo de desenvolvimento biofísico e psíquico está em formação. Isso faz com que ela não reconheça o caráter persuasivo da publicidade e que ao ver essa, pense que o produto divulgado é extremamente necessário. Diante disso, a sua formação crítica é penalizada, transformando a suas vontades a uma forte compulsão de aquisições, que nunca cessam. Além disso, esse processo é interessante para o capitalismo. Os meios de comunicação de massa, principalmente, os canais voltados ao público mirim passam incessantemente anúncios comerciais de brinquedos e novas tecnologias para essa faixa etária. Nessa via, as crianças que vem essas programações, ficam deliradas por propagandas coloridas e divertidas de produtos. Contudo, num mundo de profundas desigualdades sociais, nem todas elas podem adquirir esses artefatos; trazendo precocemente um mundo de fragmentação por renda. Os empresários, por sua vez, visando maiores lucros disseminam disfarçadamente valores consumistas, quando muitas vezes, não se preocupam com a saúde física e mental, que esse apelo capitalista pode trazer. Entretanto, essa tendência pode ser revertida se somada á instrução adequada do público-alvo do mercado infantil. Segundo o empirista, David Hume, adquire-se o conhecimento a partir da experiência. Nesse ínterim, torna-se imprescindível a função dos pais de educar as crianças, haja vista que elas são influenciadas pelo meio em que vivem. Associando-se a educação familiar a um ensino escolar de qualidade, os infantes conseguirão conquistar conhecimento e senso crítico, o que irá possibilitar uma menor influência da linguagem publicitária. Desse modo, evidencia-se que o poder de persuasão do mercado não é absoluto. Assim, entende-se que apesar da forte influência negativa que os anúncios direcionados ao mundo infantil apresentam, eles podem ser reduzidos com o desenvolvimento crítico. Para que isso ocorra é necessário que a família como órgão educador, se mantenha presente, clarificando e instruindo os pequenos ao mundo e suas demandas. Assim também, o Poder Público deve criar nas instituições de ensino fóruns de debates de professores e alunos, sobre questões fundamentais, como o consumismo. Por fim, as ONG’s devem continuar trabalhando no meio social sobre essa questão, para que desse modo, seja possível diminuir o poder que a propaganda tem hoje e construir cidadãos cada vez mais críticos e conscientes.