Título da redação:

Perda da infantilidade tradicional

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 31/05/2016

Através do processo de globalização, a Indústria Cultural adquiriu a capacidade de atingir uma quantidade expressiva de pessoas. Desse modo, ideias e marcas são dissipadas pelos meios de comunicação. No entanto, as crianças são grupos de indivíduos escolhidas preferencialmente devido sua imaturidade argumentativa e crítica. Assim, elas são influenciadas pelas propagandas a fim de se tornarem consumidoras fiéis das marcas. Em contrapartida, essa fidelidade acarreta consequências em relação à saúde individual e à integridade ambiental. Nesse contexto, as empresas utilizam estratégias de marketing para atingir o público infantil. O uso de cores vibrantes estimula áreas cerebrais que induzem sensações diferenciadas, por exemplo o vermelho gera o desejo, já o laranja e o amarela induzem a fome. Isso explica porque os fast food possuem essas cores em predominância. Além disso, a falta de imposição dos pais, muita das vezes, facilita esse processo de consumismo infantil. Tendo em vista que há crianças que choram ou se recusam a fazer algo, simplesmente, porque não ganhou o que queria e, assim, os pais fazem o que elas desejam para acalmá-las, o que perpetua esse ciclo consumista. Ainda convém lembrar as consequências às crianças. A devoção por marcas e produtos acarreta a perda da infantilidade tradicional desse público, já que elas penetram em um espaço marcado pelo status, pela moda e satisfação em obtenção de bens materiais. Ademais, crianças que são influenciadas pelos brindes do MC Donalds, das caixas de cereais, biscoitos e empanados de frango, possuem grande possibilidade de desenvolver problemas glicêmicos, como também cardiovasculares e obesidade. Outro fator existente são os danos ao meio ambiente devido ao consumismo infantil. A criação de uma geração jovem alienada proporciona a falta de preocupação com questões ambientais futuras, uma vez que houve a consolidação da ideia de felicidade atrelada aos produtos. Assim, recursos naturais são explorados demasiadamente, além de não haver uma expressividade opositiva ao consumo exacerbado. Sendo assim, é essencial que o governo federal proíba o uso de estratégias para induzir as crianças à compra, em relação ao uso de cores vibrantes, personagens de desenho e presença de brindes. Além disso, as escolas devem realizar palestras juntamente com médicos e psicólogos para alertarem aos pais sobre as possíveis consequências a respeito do consumo exagerado. Por último, os pais devem dialogar com os filhos acerca de valores e ética. Já que a ideia construída que a felicidade depende dos bens matérias não é verdadeira. Assim, aos poucos vão destituindo a alienação formada pelos grandes grupos empresariais.