Título da redação:

O fim das preocupações póstumas

Tema de redação: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 20/04/2016

O fim das preocupações póstumas Em média são necessários trinta segundos para uma propaganda passar sua mensagem seja para adulto ou criança. Isto é, persuadir uma pessoa mesmo que inconscientemente é muito rápido, reflexo disso é o poder de escolha do público infantil quanto ao que vão vestir e comer, resumindo, ao que irão consumir. Por outro lado, o incremento de mais responsabilidades a elas favorece a um amadurecimento precoce que traz sérios riscos ao desenvolvimento delas, além de formar maus consumidores no presente e futuro. Em primeiro plano, é necessário apontar, antes de tudo, as responsabilidades da publicidade infantil. Neste caso, a capacidade de influenciar crianças é muito alta, pois essas não desenvolveram ainda uma atitude filosófica de questionamento, sendo assim passíveis a qualquer informação. Nesse contexto, um agravante chama atenção, que é a propaganda também em tecnologias diferentes da televisão, como os aplicativos de celulares, estes atuando como companheiros “fiéis” delas atualmente. Notando-se, assim, o valor de denúncia de Milton Santos que chama a globalização de perversa, pois esta seria capaz de impor a sociedade uma ideologia, consumismo, devido ao despreparo crítico e psicológico. É fundamental analisar, além disso, que muito do caráter ingênuo das crianças hoje são consequências da posição coadjuvante dos pais. Na maioria dos casos a mídia substitui o papel da família, porquê em uma sociedade refém do relógio os pais não encontram tempo para proteger e esclarecer seus filhos, estes que acabam adquirindo os valores propagados pela mídia, sobretudo, do ideal de consumo. Como pode-se verificar na escolha do material escolar, do creme dental e até na forma de comunicação, em que por vezes elas imitaram sons de porcos. Fica evidente, portanto, que o papel ativo de consumidor dado hoje as crianças trará resultados não satisfatórios no futuro. Diante disso, cabe a família buscar, primeiramente, a fixação de um limite que será adquirido através do diálogo aberto entre os pais e os futuros herdeiros, planejando e buscando horários, aliás a prioridade é para ser dos filhos, criando a longo prazo uma população mais consciente. Enquanto ao governo caberá fiscalizar os abusos publicitários por meio de órgãos reguladores que dialoguem com a sociedade. Apenas dessa maneira as crianças poderão ser de fato livres, mas também tirar dos pais a consciência de contribuir apenas com um legado de miséria.