As empresas sabem o quão importante é a divulgação de seus produtos para a obtenção do conhecimento popular e aumento das vendas, assim investem cada vez mais em propagandas publicitárias que em sua maioria, instigam prática consumista no seio populacional, em certos casos de forma direcionada ao público infantil, e esses em razão de estarem em fase de desenvolvimento, não estão preparados para assimilar a compra necessária e útil da mera voluptuária. Ao serem expostas à propagandas que dizem o que é divertido, gostoso, com imagens coloridas, sons atrativos, brindes atrelados à compra de determinado produto, a criança se vê na necessidade de participar daquele universo da diversão e fantasia, em que se você tem determinado objeto, ali há a felicidade, a satisfação, a inserção social e o sentimento de pertencer àquele grupo de amigos da infância, que também já têm aquele objeto. O comércio ao direcionar a publicidade às crianças, visam a geração de um público fiel à sua marca e o aumento de lucros, pois têm a plena consciência de que as crianças possuem grande poder de persuasão dos pais na hora das compras. Porém essa situação pode ocasionar em uma geração de adultos frustrados, pois nem sempre será possível a obtenção do objeto de desejo, assim como o provável aumento do endividamento populacional em razão do consumo exacerbado. Não basta apenas a instituição de critérios a serem seguidos para a realização de propagandas direcionadas à criança, é necessário mais que isso, a proibição efetiva de qualquer tipo de propaganda de produtos infantis, ou a realização das mesmas em horários que pudessem ser atingidos somente os adultos, que são efetivamente quem realizarão as compras dos objetos e possuem um melhor discernimento sobre o momento, a marca e o produto a ser comprado em cada situação.