Diariamente somos bombardeados com propagandas destinadas à venda de produtos de consumo para determinado público, incluindo as crianças. Essas propagandas eclodem em uma situação preocupante: o consumismo infantil. Tal situação pode ser prejudicial para a personalidade da criança, incitar competições entre elas além de gerar desigualdade entre esses indivíduos. Em uma primeira análise, é muito comum o consumismo infantil prejudicar as relações sociais entre crianças. Tal acontecimento pode ocorrer, por exemplo, quando uma criança adquire algum produto bastante veiculado na mídia e afasta do seu círculo social outras crianças que não possuem o mesmo produto. Isto pode gerar relações mais frágeis entre os indivíduos. Podemos observar também uma competição entre as crianças. Mais de 40% do consumo infantil acontece por influências de amigos, ou seja, outras crianças desejam possuir produtos que seus amigos possuem. Isto pode gerar, assim, uma competição entre elas. É recorrente que esta competição aconteça por motivos de maior número na quantidade de produtos adquiridos, melhor produto, entre outros. Nesse contexto, é muito comum o consumismo infantil gerar desigualdade entre as crianças. Enquanto algumas delas possuem grande quantidade de produtos, entre eles novos lançamentos, produtos de personagens famosos, outras possuem poucos produtos, por vezes pouco atrativos no contexto do consumismo infantil. Isto pode acarretar também num distanciamento entre as crianças. Fica claro, portanto, que o consumismo infantil, que é incentivado diariamente pelos meios de comunicação, pode ser prejudicial para a personalidade das crianças que desde cedo já podem conviver com desigualdades. É necessário que, gradativamente, o governo diminua a circulação de propagandas infantis nas mídias. Essas propagandas devem ser veiculadas apenas em determinados horários, delimitando certo número das mesmas. Assim, o otimismo irá prevalecer em relação as futuro dessa preocupante situação.