Indubitavelmente a mídia torna honorífico o consumo das marcas registradas, ao público infantil. Assim como impõe - de modo subtendido - a obsolescência programada de maneira a impedir o sentimento de "mea culpa" nas crianças. Dessa forma,começa o alienado "imperialismo mirim". Ao comparar a mente humana com uma folha em branco, Jonh Locke usou como parâmetro a sociedade e as condições em que as pessoas vivem e se moldam, ou seja, verdadeiros espelhos uns dos outros influenciadas pelo sistema vigente. Por consequência,sob uma visão utilitarista,nasce a "necessidade" de superação e renovação do indivíduo a fim de fortalecer o ego. De tal sorte que as crianças desde cedo cultivam essa realidade esmagadora - até quando se tornam adultos e repetem o ciclo -. A partir do auto conhecimento,a ética se mostra reveladora. Contudo a leniência dos pais no processo de educação das crianças enfraquece laços fraternos - agora substituídos por uma série de aparelhagem eletrônica e uma vida virtual - o que antes não era percebido. Dessa forma,a tradição, a cultura e a conversa são postas em segundo plano. Com esse resultado, têm-se cada vez mais adolescentes "perecíveis'' tateados por problemas de ansiedade e depressão. Afinal, em outras palavras,como classificou Bauman sobre o fruto do comodismo : somos ''líquidos'' demais para nos tornar sólidos. Diante disso,é imprescindível que a sociedade saia da condição de ''status quo'',postos ao comodismo. O pensamento individual faz a coletividade.Logo,quando o pensamento for dotado de auto conhecimento e circundado de valores éticos será passível o desprendimento de valores adotados como padrões diretamente influenciado pela mídia e passados aos ''pequenos''. Além disso,é importante que as escolas evitem o uso de aparelhos tecnológicos ao passo que fortaleça os laços pessoais de convívio e resgate os valores culturais a ponto de formar cidadãos éticos dotados de ''mea culpa''.