Título da redação:

Linha de frente do consumo

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 08/06/2016

É comum ouvir que o futuro do mundo está nas mãos das nossas crianças, porém que tipo de crianças está sendo formadas para garantir essa perspectiva? São as consumistas. Crianças de várias partes do mundo são influenciadas por propagandas feitas especialmente para elas, com o intuito de abranger o mercado consumidor. Em longo prazo, este hábito pode causar consequências para o resto da vida. Esses pequenos jovens que estão na fase de peculiar desenvolvimento, são mais vulneráveis que os adultos, e não ficam fora dessa lógica do mercado. Infelizmente sofrem cada vez mais cedo com as graves consequências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras. Nesse sentido, o consumo infantil é uma questão urgente, de extrema importância e interesse geral. No âmbito da alimentação, a publicidade é um fator que estimula a disseminação da maior epidemia infantil da historia: a obesidade. A pesquisa Targeting Children With Treats (Alvejando crianças com guloseimas, em livre tradução do inglês) de 2013 aponta que as crianças que já tem sobrepeso aumentam em 134% o consumo de alimentos com altos teores de sódio, gorduras trans e saturadas e açúcar, quando expostas a publicidades destes produtos. Concentrar todos os esforços no consumo e contribuir, dia após dia, para o desequilíbrio global. O consumismo infantil, portanto, é um problema que não está ligado apenas a educação escolar e doméstica. Embora a questão seja tratada quase sempre como algo relacionado à esfera familiar, crianças que aprendem a consumir de forma inconsciente e desenvolvem critérios e valores distorcidos é de fato um problema de ordem ética, econômica e social. O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, combate qualquer tipo de comunicação mercadológica dirigida a elas por entender que os danos causados pela lógica insustentável do consumo irracional podem ser minorados e evitados, se efetivamente a infância for preservada em sua essência como o tempo indispensável e fundamental para a formação da cidadania. Indivíduos conscientes e responsáveis são à base de uma sociedade mais justa e fraterna, que tenha a qualidade de vida não apenas como um conceito a ser perseguido, mas uma prática a ser vivida.