Consumismo refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente propensão ao consumo de bens ou serviços, em geral supérfluos, em razão de seu significado de status, frequentemente atribuído pelos meios de comunicação em massa. Portanto, é necessário discutir o impacto a curto e longo prazo, relacionados aos seus excessos na parcela da população mais vulnerável a influência publicitária, as crianças. Até os 12 anos a criança não possui senso crítico para entender o significado da publicidade. Filhos que aprendem a consumir de forma inconsequente desenvolvem critérios e valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética, econômica e social. O significado de sucesso passa a ser possuir o carro do ano, ou o celular de última geração. Adolescentes são doutrinadas a serem fiéis a marcas, e não as pessoas. Além disso, crianças sentem-se mais atraídas por produtos e serviços associados a famosos, brindes e jogos e embalagens chamativas. É por isso que, em curto prazo, algumas das consequências da publicidade aos jovens são: a obesidade infantil, propagandas como a do Mcdonalds, associando o boneco ao lanche, criam um estilo de vida não saudável; a banalização da agressividade e violência, jogos, filmes ou seriados, estimulam um comportamento agressivo como sensação de pertencimento a um determinado grupo social. Fica claro, portanto, como uma criança exposta à mentalidade consumista sofre consequências dessa exposição, seja em curto prazo, como a obesidade infantil ou a disposição à agressividade e violência, seja em longo prazo, no desenvolvimento dos valores éticos e morais distorcidos pela ordem capitalista. Para amenizar essa cultura, pais e escolas podem ensinar o consumo com responsabilidade e consciência aos mais jovens. Considerando a qualidade do produto, e as necessidades a fim de não desperdiçar e sim economizar. Além disso, o Estado pode realizar campanhas de conscientização contra os males do bombardeio publicitário, ou até proibir a propaganda para determinadas faixas etárias.