Durante a Guerra Fria, viu-se crescer, exorbitantemente, o consumo de carros, eletrodomésticos e comidas industrializadas, levando ao chamado “estilo de vida americano” (American Way of Life). Não demorou muito para que esse excesso de gastos, muitas vezes desnecessários, atingisse o público infantil, fazendo deles o principal alvo de publicidades, visto que estes influenciam fortemente a decisão de seus responsáveis no momento de adquirir um produto. Influenciados pela TV e estratégias de mercado, as crianças se iludem, e passam a desejar o que lhes é oferecido. As propagandas coloridas, com personagens e a disposição de guloseimas no mercado, ao alcance dos pequenos, transforma-os em vítimas do consumismo, pois desde cedo gastam, através de seus progenitores, com objetos, apenas por ver o comercial. Essa atitude de obter tudo o que quer, resulta em uma “geração de mimados”. Quando um filho não recebe de seu pai o que almejava, fica agressivo, não sabe controlar suas emoções, deixando visível a falta de ensino em relação a dificuldade de se conseguir capital para comprar, e como controlar melhor as despesas. No futuro, esses pequenos cidadãos poderão se tornar indivíduos que consomem desenfreadamente. Sem objetivos, e de fácil persuasão, os futuros adultos não terão autocontrole sobre reais necessidades e o que é supérfluo. Mesmo com dívidas, continuarão comprando, pois cresceram em uma sociedade que ensinou somente a passar o cartão. Dessa forma, ainda que as crianças consumam exageradamente, existem maneiras de mudar uma vindoura postura inadequada diante de mercadorias. O governo precisa implantar, nas escolas, matérias como educação financeira, criar órgãos que multem agências publicitárias que utilizam de artefatos para conquistar esse público, e os pais devem instruir seus filhos sobre consumo consciente e domínio das vontades.