Título da redação:

criança, a alma do negócio

Proposta: As consequências do consumismo infantil

Redação enviada em 21/04/2016

O capitalismo, que ganhou hegemonia mundial, após a Guerra fria, é um sistema econômico baseado em dois pilares: a mínima intervenção estatal na economia e o consumo desenfreado, que juntos aumentam os lucros dos proprietários. Como reflexo dessa base econômica, têm-se o aumento do consumo, processos de alienação, crescente individualização e diversas outras conseqüências, que, atualmente, estão atingindo as crianças, tornando-se um grave problema mundial. Antes mesmo de nascerem, as crianças já rendem milhares de reais anualmente, sendo elas a “origem embrionária do consumo”. Com o crescimento dessas, há uma tendência a aumentar o consumo, visto que elas têm influência direta sobre os pais, que atendem aos pedidos incessantes dos filhos pela falta de controle sobre esses ou para compensar a sua ausência. De modo conseqüente, as crianças crescem sem o mínimo de controle ou noção econômica e, por causa das tecnologias, tornam-se, cada vez mais, isolados do seu grupo social e extremamente imediatista, acarretando em problemas de ansiedade, depressão e déficit de atenção. Essa necessidade de consumo das crianças, em geral, é um reflexo do marketing infantil, visto que, segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA), crianças entre 0 e 8 anos são facilmente iludidas pela publicidade e que crianças entre 12 e 16 anos são as mais influenciadas pela chamada obsolescência programada - artifício usado pelos marqueteiros para que haja um consumo contínuo, por meio da introdução constante de novas tecnologias, tornando os aparelhos obsoletos rapidamente. Essa influência ocorre, pois nessa faixa etária o uso de tecnologias obsoletas gera exclusão do grupo social. Infere-se, portanto, que o consumo infantil causa danos ao bom desenvolvimento das crianças, sendo necessária a regulamentação da publicidade infantil, pelo Ministério da Cultura, que deve estipular horários, nos quais as propagandas serão exibidas e proibir propagandas para menores de 8 anos; o Ministério da Educação deve implantar uma lei que exija conteúdos sobre economia doméstica no ensino fundamental; as escolas devem criar reuniões públicas com os pais, conscientizando-os sobre a necessidade de um limite no consumo e deve criar ainda gincanas de socialização, já os pais precisam criar limites de consumo, estabelecendo quantias para as crianças.