Uma grande preocupação atualmente é a questão do consumismo infantil. O ato de consumir começou entre os séculos XV e XVI, com as trocas comerciais denominadas mercantilismo. Posteriormente, a expansão do capitalismo agravou ainda mais tal questão, agora tendo como público principal, as crianças. Na geração passada, era muito comum ver brincadeiras de rua, grupos de jovens jogando bola e bonecos espalhados por todo o interior das casas. Hoje em dia, o comum é ver cada um trancafiado dentro do quarto jogando jogos eletrônicos ou utilizando redes sociais, além das disputas sobre quem tem o aparelho mais moderno nas escolas. As relações entre as crianças também foram afetadas pelo consumismo, uma vez que elas passaram de presenciais para virtuais, ou seja, mesmo na hora do intervalo entre as aulas, por exemplo, todos aproveitam para usar seus aparelhos eletrônicos. A tecnologia avançada, e por sua vez a mídia, foi a principal protagonista para a disseminação das propagandas infantis, que estimulam o desejo de comprar tal produto, associando-o a um personagem de desenho animado, de revista em quadrinhos ou de jogos. Depois de atiçarem as crianças, elas são as responsáveis por ditarem as compras feitas pelos pais, através de pirraça ou do fato de os próprios pais darem tudo o que os filhos querem. Sendo assim, à medida que vão crescendo, a fidelidade entre o consumismo e os indivíduos também cresce, o que pode resultar em uma perda de controle sobre comprar somente o que é necessário e, consequentemente, a geração de dívidas. Como podemos analisar, somos massacrados por uma sociedade extremamente consumista antes mesmo de nascermos, como uma simples decoração de um quarto que está à espera de um bebê. A fim de diminuir esse massacre, os pais podem ensinar os filhos a controlarem o desejo de consumo, bem como não expô-los à tecnologia, para não serem vítimas de propagandas, estimulando as brincadeiras que envolvem socialização fora de casa e fora do mundo adulto.