Quando se fala em consumismo infantil, para grande parte das pessoas, logo vêm à mente imagens de personagens idolatrados pelas crianças. Isso acontece devido às inúmeras propagandas que surgem cada vez mais, associando tais figuras públicas com produtos de variadas áreas e chamando atenção desse público mais jovem e exposto. Alguns países adotaram sistemas que proíbem o uso de artifícios para persuadir crianças a comprar determinado produto, através de seus pais, levando em conta os efeitos que essa exposição pode acarretar futuramente e o quanto elas exercem forte poder de decisão nas compras familiares. O tema é bastante preocupante, pois as crianças, diferente dos adultos, ainda não conseguem perceber a malícia presente em certas coisas, tornando-se alvos fáceis. Um comercial em que fala que se ela comprar tal produto, poderá ficar parecida com àquela personagem que ela tanto gosta certamente irá deixá-la curiosa e animada, logo não irá medir esforços para adquiri-lo. O maior problema nisso é que ao utilizá-lo, ela pode perceber que a propaganda não passou de uma farsa, podendo tornar o evento traumatizante. É necessário que haja uma ação conjunta entre todos os elementos que rodeiam a criança para que o consumismo infantil não se torne um vilão no desenvolvimento emocional e crítico dela. Família, Estado e empresas precisam perceber que não se deve eliminar os comerciais infantis totalmente, porém deve-se ter bom senso quanto ao exagero nas frases e ilustrações mostradas. Aos pais, cabe o dever de orientar seus filhos quanto a importância de avaliar a real necessidade de comprar o produto discutido, construindo o caráter de um consumista crítico. Já o Estado, melhor do que simplesmente proibir a circulação destes comerciais, deve propor projetos de conscientização sobre o assunto, através de palestras e grupos de discussão a fim de chegarem em um acordo e em uma solução que salve a infância dessas crianças.