O avanço do capitalismo, intensificado na primeira década do século vigente, proporciona diversas mudanças nos setores econômicos, ambientais e sociais. Essas mudanças acarretam inúmeros problemas para a sociedade, sendo um dos maiores, o consumismo. Acontece que o assunto que, aparentemente, era “coisa de adulto” atinge cada vez mais as crianças; é o consumismo infantil. A necessidade de acumulação do capital e do aumento dos lucros fez com que as empresas ampliassem seu mercado consumidor, incluindo as crianças cada vez mais nesse cenário. O problema é o que os produtos oferecidos a esses pequenos consumidores nem sempre são os mais saudáveis, contribuindo para o aumento da obesidade infantil. Produtos com alto teor de gordura, pobres em nutrientes e muito calóricos são os que chamam mais a atenção das crianças. O resultado é quase certo: crianças obesas e, provavelmente, futuros adultos obesos. É importante ressaltar que, além da saúde física, também podem ser afetadas suas relações sociais. Em razão disso, muitas delas já nivelam suas amizades pelo nível de consumismo. Ter ou não um celular de último modelo, quantas vezes repete uma roupa e a marca do tênis que calça tornam-se mais importantes do que os tradicionais valores de amizade que se tem (ou tinha) na infância. Tudo isso constrói valores fúteis que um dia serão carregados por adultos. Com base nos fatos supracitados, faz-se necessário que os pais tenham mais cuidado e controle sobre o que suas crianças usam e até onde devem contribuir, de maneira saudável, para o consumo deles. Valores fortes e uma moral sólida não são vendíveis ou compráveis, apenas absorvidos dos maiores exemplos para as crianças, que são os pais.